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No 6º dia de ataques no Ceará, em meio a suposta ordem de facções, estabelecimentos comerciais em alguns bairros da Capital, como Sapiranga, baixaram as portas mais cedo. Foram registrados pelo menos sete atentados em Fortaleza e Região Metropolitana até o fechamento desta página.
[SAIBAMAIS]
No Jabuti, localidade de Eusébio (Região Metropolitana), um menino de 5 anos morreu após ser baleado no rosto na noite de ontem. Não há confirmação de relação da ocorrência com a série de ataques no Estado.
Um adolescente de 15 anos também foi atingido por, pelo menos, três disparos e foi internado no Instituto Doutor José Frota (IJF). O POVO apurou que a família estava na calçada de casa, por volta das 20h30min, quando um carro passou atirando. A criança chegou a ser encaminhada ao IJF, mas não resistiu aos ferimentos.
Durante a tarde de ontem, comércios situados em bairros como Edson Queiroz, Lagoa Redonda e Sapiranga tiveram pouca movimentação.
Na Sapiranga, no meio da tarde, o comércio já estava fechado. "Soubemos que poderia ter um ataque pelas redondezas, então mandamos os funcionários mais cedo para casa", afirma o dono de uma oficina na região, que não quis se identificar. Também no bairro, estabelecimentos como a Farmácia Pague Menos e Mercadinho da Rede Uniforça já estavam fechados naquele horário.
Na avenida Washington Soares, em algumas concessionárias de veículos a exibição de veículos na vitrine foi reduzida. Os carros foram recolhidos.
Na Avenida Edilson Brasil Soares, localizada entre os bairros Edson Queiroz e Lagoa Redonda, alguns pontos comerciais, como o Shopping Mall, estavam fechados. Farmácias das redes Pague Menos e Drogasil funcionavam. No Mercadinho São Luiz havia uma viatura da Cavalaria fazendo ronda.
No Centro de Fortaleza, o período foi de pouca movimentação. A Catedral Metropolitana estava fechada para visitação. Na Senador Pompeu com Doutor João Moreira, próximo ao Centro de Turismo do Ceará (Emcetur), o comércio fechou mais cedo, além das clínicas de saúde. Em horário normal, os locais encerram expediente entre 16 e 17 horas. Na Praça do Ferreira havia presença da Polícia fortemente armada.
O que se sabe sobre supostas ameaças
TOQUE de recolher foi determinado pelo governo?
- Não há qualquer determinação oficial para que as pessoas deixem de sair de casa ou estabelecimentos deixem de funcionar. Há policiamento nas ruas para tentar garantir a normalidade.
TOQUE de recolher foi determinado por criminosos?
- Não existe comprovação de autoria do comunicado. Se foi ameaça realmente feita por grupos criminosos ou apenas trote. Mesmo na dúvida, houve comerciante que disse ao O POVO que obedeceu à ordem "em abstrato".
O QUE diz a SSPDS sobre as supostas ameaças?
- Em nota, a SSPDS ressalta que a disseminação de boatos e ameaças ao comércio da Capital e RMF é considerada uma prática criminosa.
COMO é possível denunciar?
- As denúncias podem ser repassadas para o número 181, o Disque-Denúncia da Secretaria, assim como o Whatsapp da Polícia Civil pelo (85) 9 8969 0182. O sigilo é garantido. Já ocorrências em andamento devem ser encaminhadas ao 190.