Logo O POVO+
Após ataques, Camilo cria gabinete de crise
Reportagem

Após ataques, Camilo cria gabinete de crise

| pelo menos 60 ataques | Entre a noite de quarta-feira, 2, e a noite dessa sexta-feira, 4, pelo menos 60 ataques criminosos foram confirmados em todo o Ceará, superando as 36 ações registradas pelas forças de segurança em abril de 2017
Edição Impressa
Tipo Notícia Por
NULL (Foto: )
Foto: NULL
[FOTO1]

Após o segundo dia de atentados em Fortaleza e região metropolitana realizados por facções criminosas, o Governo do Estado criou um gabinete de crise.

[SAIBAMAIS]

Fazem parte as cúpulas das secretarias da Segurança Pública e Defesa Social e Administração Penitenciária; polícias Civil, Militar, Federal e Rodoviária Federal; Controladoria-Geral de Disciplina; Ministério Público, Tribunal de Justiça e Agência Brasileira de Inteligência. A informação foi confirmada pelo secretário-chefe da Casa Civil, Élcio Batista.

 

A medida atende a sugestão do ministro da Justiça e Segurança, Sergio Moro, que havia solicitado que Camilo, com quem conversou por telefone, instituísse provisoriamente essa estrutura para chefiar as ações de enfrentamento às organizações criminosas.

 

Na tarde de ontem, Moro autorizou o envio ao Ceará de 300 agentes da Força Nacional. O governo de Camilo Santana (PT) pediu 2.000. Segundo o Governo Estadual, o gabinete vai funcionar enquanto a situação de crise permanecer.

 

Desde a noite de quarta-feira, 2, dezenas de ataques foram desferidos contra ônibus e vans, prédios públicos, agências bancárias e um viaduto na BR-020. 

 

Foram pelo menos 60 ataques, a maior sequência da história do Ceará.

Pelo menos 50 pessoas foram presas até a noite de ontem. Pelas redes sociais, o titular da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), André Costa, disse que o Governo do Estado não irá recuar nas ações de combate às facções criminosas.

 

"Não recuaremos em nenhuma das ações realizadas, (independentemente) do que for feito das ruas, não vamos recuar. Não vamos deixar de avançar no sistema penitenciário e nas ruas", garantiu. A cúpula da Segurança Pública do Ceará se reuniu ontem para traçar medidas de combate a ações criminosas.

 

As ações das facções foram desencadeadas após declaração do secretário da Administração Penitenciária, Mauro Albuquerque.

 

Em entrevista ao O POVO depois da posse na pasta, no dia 1º de janeiro, no Palácio da Abolição, o policial civil afirmou que não reconhece facção e prometeu acabar com a divisão de presos em unidades segundo seus vínculos com as organizações criminosas.
(Colaboraram Igor Cavalcante e Rubens Rodrigues)

O que você achou desse conteúdo?