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Ação pretende isolar líderes de facções em presídios
Reportagem

Ação pretende isolar líderes de facções em presídios

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Tipo Notícia

Apesar de informes de que diversas unidades prisionais teriam se rebelado, somente na Casa de Privação Provisória de Liberdade (CPPL) 3, em Itaitinga (Grande Fortaleza), foi confirmado motim ontem. De acordo com Ruth Leite, eleita presidente do Conselho Penitenciário do Estado (Copen), foi reação à decisão da Secretaria da Administração Pública (SAP) de isolar lideranças das facções criminosas para transferência. Em pelo menos quatro presídios teria havido algum tumulto. A ação da SAP ainda inclui varredura visando retirar celulares dos detentos.

 

Durante posse como titular da SAP, Mauro Albuquerque disse não reconhecer as facções criminosas e que elas não teriam mais penitenciárias reservadas. A declaração também teria motivado os ataques. "O sentimento deles é de que, se vão misturar as facções, 'nós vamos morrer. E, já que vamos morrer mesmo, vamos lutar logo'", disse Ruth Leite. Conforme ela, todas as facções ordenaram ataques.

 

O POVO apurou que autoridades penitenciárias e de segurança estariam atribuindo a determinação a um traficante preso na CPPL I. Na inspeção na cela dele havia um celular com informações associadas aos atentados. Francisco Jales Fernandes da Fonseca, o Zag, foi denunciado na operação Pirangi, em novembro, como responsável pelo fornecimento de drogas no Litoral Leste. Conforme o Ministério Público Estadual (MPCE), seria integrante do "segundo escalão" do Comando Vermelho. Pedido de quebra de sigilo telemático de Zag foi solicitado. (Colaborou Cláudio Ribeiro)

 

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