Com a prisão de Jovilson Coutinho, somente um dos réus no processo continua foragido. Trata-se de Francisco José Timbó Farias, empresário e contador que era remunerado para atuar na cooptação de laranjas, segundo a denúncia oferecida pelo Ministério Público.

[SAIBAMAIS]Foi justamente para Jovilson e Timbó que a Justiça manteve em aberto a ordem de prisão preventiva - que havia sido decretada para 16 dos 19 acusados no esquema. Destes, 14 foram presos e liberados para aguardar julgamento em liberdade. O processo será remetido para a Vara de Delitos de Organizações Criminosas.

De acordo com o delegado Márcio Gutierrez, a dificuldade para prender Jovilson, e o fato de Timbó não ter sido localizado, se deve a um "esquema extremamente eficiente de falsidade documental". "O Jovilson utiliza diversos nomes. Lá (Maceió), era chamado de Antônio. Em cada lugar que vai, estabelece uma identidade própria. Inclusive, na deflagração da operação, percebemos que computadores apreendidos tinham identidades digitalizadas exatamente para eles mudarem o nome, data de nascimento".

O POVO apurou que, entre os 14 réus em liberdade, alguns "desapareceram", seus paradeiros são desconhecidos da Justiça. A informação foi confirmada pelo delegado Márcio Gutierrez. "Alguns a gente sabe que realmente sumiram, não estão por aqui (Ceará). Nossa inclinação, agora que o Jovilson foi preso, é retomar todo o acompanhamento, através da Vara do Crime Organizado".