Além de os mais jovens registrarem desempenho significativamente superior em comparação àqueles de segmentos de idades mais avançadas, pesquisa do Indicador do Alfabetismo Funcional (Inaf) no Brasil - 2018 dá conta da notória desigualdade entre os grupos étnico-raciais. Dos que foram considerados analfabetos funcionais, dois terços (67%) se autodeclaram pretos ou pardos.
Apenas 3% dos que se classificam como brancos não têm nenhuma escolarização e 1 em cada 4 (25%) atinge o nível superior. Já entre os autodeclarados pretos, a proporção de não escolarizados é de 8% e a daqueles com nível superior é de 12%. Conforme o levantamento, dentre os brasileiros de 15 a 64 anos que se declararam brancos, apenas 4% aparecem como analfabetos. Dentre os que se declaram pardos ou pretos a proporção de analfabetos é de 7% e 11%, respectivamente.
Com relação ao sexo, 72% das mulheres podem ser consideradas funcionalmente alfabetizadas, enquanto essa proporção é ligeiramente inferior entre os homens (69%).
No que diz respeito à situação de trabalho, 56% estavam trabalhando, 22% desempregados ou procuravam o primeiro emprego e 4% aposentados. Do total, 10% se declaravam como donas de casa, "categorizadas à parte justamente para ressaltar sua condição de trabalho não remunerado", segundo o relatório. Só 4% dos entrevistados nunca trabalhou nem estava procurando emprego.
Segundo a pesquisa, um em cada quatro trabalhadores brasileiros (25%) podem ser considerados analfabetos funcionais. Entre os analfabetos, 46% estavam trabalhando, enquanto 71% dos que foram classificados no nível proficiente estavam trabalhando.
EJA
A Rede Municipal de Educação conta com 86 pólos com mais de 12 mil estudantes na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA). A rede oferece desde o EJA 1, a etapa de alfabetização, até a EJA 4, conclusão do 9º ano.