Logo O POVO+
Ponto de vista: Medicina que transforma a realidade
Reportagem

Ponto de vista: Medicina que transforma a realidade

Edição Impressa
Tipo Notícia

Em 2013, viajei pelo O POVO a Reriutaba, no interior do Ceará, para ouvir as histórias da cidade que acabara de receber dois médicos cubanos. O Mais Médicos estava começando. Nenhum médico brasileiro tinha escolhido Reriutaba como destino. Assim, chegaram Isidro e Esperanza.

[SAIBAMAIS]O casal tinha estado em outras missões pelo mundo e encarava o trabalho aqui como mais uma oportunidade de transformar realidades pela Saúde. Não se importava com o fato de parte do dinheiro pago pelo Brasil ficar com o governo de Cuba.

 

Os dois consideravam que a todo tempo estavam sendo avaliados pela população. Trabalhavam com uma entrega e um profissionalismo que me surpreenderam. Com cuidado, enchiam as casas das pessoas de atenção.

Voltei à cidade um ano depois. Já eram sete os cubanos na atenção básica. Não havia mais a desconfiança e a dificuldade de diálogo de um ano antes. Todos estavam se entendendo. As famílias estavam se sentindo cuidadas. E isso era uma transformação enorme para distritos que antes só viam enfermeiros, esporadicamente.

Os cubanos aprenderam a praticar a Medicina gratuita, popular, de casa em casa. Encaram a profissão como sacerdócio. O Brasil perde com a volta deles para casa. A saúde preventiva, básica, fica com um vácuo que nasceu por causa de alguém que está prestes a ser o presidente do País.

Mariana Lazari, jornalista do O POVO 

 

O que você achou desse conteúdo?