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Para conseguir apoio, PT cogita adotar pauta mínima
Reportagem

Para conseguir apoio, PT cogita adotar pauta mínima

Articulação. Programa de governo
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Sem conseguir até o momento consolidar uma "frente" de apoios, líderes do PT passaram a defender que o programa de governo da campanha de Fernando Haddad seja deixado de lado em troca de uma pauta mínima capaz de aglutinar adesões no 2º turno.

 

Na semana passada, em reunião da coordenação da campanha, em São Paulo, o vice-presidente do PCdoB, Walter Sorrentino, sugeriu a adoção de pauta mínima. Naquele momento a ideia foi rechaçada por petistas, mas agora líderes do partido já admitem, em conversas reservadas, que "não adianta perder a eleição com o programa de governo na mão".

 

A ideia seria formular lista de no máximo dez compromissos como defesa da democracia, responsabilidade fiscal e geração de empregos.

 

Aos poucos o programa, considerado radical por setores do mercado, vem sendo adaptado à realidade política com a supressão de pontos polêmicos. Segundo o senador eleito pela Bahia Jaques Wagner, Haddad deve incorporar a proposta de endurecimento de penas para criminosos condenados por homicídio, estupro e latrocínio. O programa do PT defende política de desencarceramento.

 

Haddad disse ontem que está fazendo tudo para tentar aumentar a abrangência de sua candidatura. "Não faço outra coisa senão falar com as pessoas às quais você se refere", disse, ao ser indagado sobre conversas com lideranças que estão além do arco de influência do PT. "Estou disposto a qualquer tipo de... Eu faço gestos todo dia."

 

O petista passou a falar em erros cometidos pelo partido nos últimos 15 anos. "A gente pode frear isso e reconstruir em novas bases reconhecendo erros. Em toda entrevista que eu dou digo que houve erros, mas não vamos jogar a água do banho com a criança junto", disse.

 

As marcas do PT como a cor vermelha e a estrela já foram minimizadas no material de campanha. Ontem, Haddad deu entrevista coletiva com uma bandeira do Brasil ao fundo.

 

Foi a primeira segunda-feira em meses em que o candidato não foi a Curitiba visitar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva - condenado e preso na Lava Jato -, que também saiu do primeiro plano da campanha. 

 

(AE)

 

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