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A mudança do profissional
Reportagem

A mudança do profissional

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O POVO - Como se deu essa mudança, esse resgate do papel do farmacêutico?

 

Walter da Silva Jorge João - Em 2012, quando o atual grupo gestor do Conselho Federal de Farmácia (CFF) iniciou o seu primeiro mandato, a categoria farmacêutica tinha de trabalhar e conviver com uma legislação ultrapassada e o maior segmento da profissão farmacêutica, o farmacêutico que atua na farmácia comunitária, estava desvalorizado, com sua autoridade técnica subutilizada. Em sua grande maioria, os farmacêuticos estavam relegados ao ato da entrega de caixinhas de medicamentos, sendo confundidos com meros balconistas. 

 

Definimos, então, uma agenda de prioridades e estratégias para buscar o fortalecimento e o crescimento da profissão farmacêutica no Brasil. Uma das primeiras medidas foi conseguir, junto ao Ministério do Trabalho e Emprego, a atualização da Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), de duas para oito ocupações e de 19 para 117 especialidades.

 

OP - Que papel, função social e econômica o farmacêutico deve ocupar na farmácia do futuro?

 

Walter da Silva - Com o resgate de sua autoridade técnica, o farmacêutico passou a ser visto como peça fundamental, tanto dentro das farmácias e drogarias privadas, quanto dentro das farmácias de unidades de saúde pública.

 

OP - As empresas estão comprando essa ideia?

 

Walter da Silva - O empresariado já enxerga os serviços farmacêuticos como uma parte importante do modelo de negócio das farmácias e drogarias. A farmácia que vende apenas medicamentos e produtos para a saúde é coisa do passado.

 

OP - O que ainda precisa melhorar no varejo de farmácias?

 

Walter da Silva - Precisamos consolidar esse modelo de farmácia. Necessitamos que os proprietários desses estabelecimentos realmente entendam que a farmácia com serviços é a melhor alternativa para o segmento e para a sociedade.

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