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A boa largada e as estratégias
Reportagem

A boa largada e as estratégias

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Começou. Está conhecida a intenção de voto dos brasileiros para o segundo turno da disputa presidencial, em levantamento realizado pelo Datafolha, e as estratégias já podem ser alinhadas com maior grau de certeza, moldando-se às necessidades que a leitura dos números apontar. A diferença que Jair Bolsonaro (PSL) abre sobre Fernando Haddad (PT), de 16 pontos, aponta um cenário bastante confortável para o candidato que já havia liderado o primeiro turno, mas, há equívoco em se dar a situação por resolvida desde agora. Caso alguém esteja fazendo-o.

 

Um aspecto importante a considerar é que a fase atual, com apenas dois candidatos, encurta as distâncias com maior facilidade. Um ponto conquistado, em grande parte dos casos, representará um ponto a menos para o adversário, ou seja, o que é 16 poderia virar 8. É teoria, eu sei, até pelo fato de também haver quem se manifesta pelo branco ou nulo ou que não sabe ainda em quem votar, contingente que a pesquisa aponta na casa dos 14%. Ou seja, não tem a ver com o um por um ao qual fiz referência antes.

 

A verdade é que o Datafolha explicita algo que se sabia desde quando o cenário da nova fase eleitoral foi definido: Haddad e o PT têm diante de si a tarefa gigantesca de reverter um quadro que começa totalmente favorável ao adversário Bolsonaro. Nesse sentido, Ciro Gomes e o PDT tornaram a missão ainda mais difícil com a decisão, oficializada ontem, de recusar convite petista para ocuparem posições de destaque na campanha de segundo turno. No caso de Ciro, inclusive, assumindo o papel de coordenador.

 

Seria um trunfo importante a apresentar, exatamente no dia em que os números, frios como o são, expuseram uma vantagem de largada que, bem administrada pelos próximos dias, efetivamente pode, na prática, antecipar o final da disputa pela Presidência da República.

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