Nem o secretário municipal da Segurança Cidadã de Fortaleza, Azevedo Vieira, nem o diretor-geral da Guarda Municipal, Rômulo Reis, se dispuseram a dar entrevista sobre as denúncias de supostos abusos cometidos por guardas municipais nos terminais de ônibus. Para falar, inclusive, sobre formação, avaliação e requalificação profissional.

O POVO enviou uma série de perguntas para a Guarda Municipal. Em nota, a Secretaria Municipal da Segurança Cidadã (Sesec) informou que "foram abertos procedimentos disciplinares para apurar as denúncias encaminhadas pela Defensoria Pública e demais entidades. Segundo a Corregedoria da Sesec foi instaurada, em 18 de março deste ano, sindicância para o caso da suposta agressão ao adolescente "J" no terminal do Siqueira".

Sobre a denúncia do pesquisador Rômulo Silva, a assessoria de imprensa afirmou que "a Sesec está priorizando a apuração do caso junto à Corregedoria. Para os outros dois casos citados, sindicâncias foram instauradas no dia 4/9/2018". E que, "após as conclusões dos referidos procedimentos, dependendo dos resultados das apurações, a Sesec pode impor punições de 1 a 90 dias de suspensão ou demissão".

A nota enviada ao O POVO ressalta que a "gestão não incentiva nem compactua com qualquer excesso ou abuso por parte dos servidores e se coloca à disposição da Defensoria ou outros órgãos no sentido de colaborar com investigações de desvios de conduta".

Sobre a representação do advogado Cláudio Justa, a Sesec afirma que "ainda não foi notificada, pois o referido documento está endereçado ao Procurador Geral de Justiça".

A Sesec deixou de responder algumas das perguntas feitas pelo O POVO. Entre elas, se os guardas dos terminais onde teriam ocorridos as denúncias foram afastados. Noutra, o jornal pediu a número de acusações de abuso de autoridade/violência física que a Guarda Municipal respondeu ou responde de 2017 até agora.