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Planos são implementados em outras partes do Brasil
Reportagem

Planos são implementados em outras partes do Brasil

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Tipo Notícia
Outras cidades do Brasil também desenvolvem seus planos de caminhabilidade. São José dos Campos (SP), deve lançar ainda este ano o seu projeto, criado a partir do plano de mobilidade aprovado em 2016. Ele prevê, entre as medidas, conscientização, soluções de engenharia e revisão de legislação.

 

"A gente vai começar na região central porque consegue envolver uma parcela maior da população", explica Débora Redondo, chefe da Divisão dos Projetos de Mobilidade de São José dos Campos. O plano prevê a criação de "ruas de lazer" (que receberão atividades culturais), "rotas escolares" e a retomada do projeto "Calçada Segura", que conscientiza a população a deixar as calçadas de acordo com o estabelecido pela legislação municipal vigente.

 

Em Joinville (SC), a caminhabilidade está incluída no plano de mobilidade. Entre as metas, o cálculo de índices e a revisão da lei que estabelece a padronização da construção e readequação de calçadas, para que fique de acordo com o Plano Diretor de Transportes Ativos (PDTA).

 

"Como é um projeto novo, de 2016, a gente ainda não tem execução de uma grande obra que reflita o plano. Mas, estamos num momento de estruturação, que é construir uma lei de calçadas que possa dar clareza e objetividade pro morador construir sua calçada de acordo com uma norma geral", explica Rafael Bendo, diretor executivo de Planejamento Urbano de Joinville.

 

Outra meta é a criação de oito centralidades para melhorar as condições do caminhar. "São áreas determinadas pela localização dos terminais de integração de ônibus. A gente determinou um raio de 500 metros, onde o comércio e a atividade econômica são mais diversificados. Dentro dessas áreas, a gente vai ampliar a qualidade de calçadas", planeja.

 

"O problema de caminhabilidade é complexo e varia de cidade, de cultura, de uso de espaços públicos etc. Cada cidade vai encontrar o seu caminho pra se tornar mais caminhável. No fim das contas, todas procuram uma coisa só: qualidade de vida", resume Lincoln Paiva, mestre em Urbanismo Caminhável.

 

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