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"Não se pode prejulgar nem generalizar", diz Associação
Reportagem

"Não se pode prejulgar nem generalizar", diz Associação

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Tipo Notícia

Responsável pela defesa de prerrogativas de juízes no Estado, a Associação Cearense de Magistrados (ACM) questiona o aumento de ações disciplinares contra a categoria no Ceará. Afirmando que não se pode "generalizar" toda a classe por conta de casos isolados, o órgão destacou ainda o direito de defesa de magistrados que ainda respondem em ações do tipo.

 

"Temos acompanhado com muita serenidade, dando apoio na defesa dos juízes que nos procuram. O que temos falado é sempre em um sentido: Ninguém deve generalizar nem demonizar a magistratura, principalmente o magistrado que está respondendo, até porque ele pode ser inocentado", diz o juiz Ricardo Alexandre da Silva Costa, presidente da ACM.

 

Em entrevista ao O POVO, Ricardo também relativizou aumento em ações disciplinares contra juízes segundo dados do Tribunal de Justiça do Ceará (TJ-CE). "Muitos desses processos não são necessariamente de fatos de agora, mas de coisas que aconteceram em 2013, 2014. A sensação de que aumentou vem até porque a mídia tem lançado mais os olhos ao Judiciário".

 

"O fazemos é resguardar os direitos do investigado, até porque ele pode vir a ser inocentado, como muitas vezes acontece. Então, até poder voltar ao trabalho depois, juiz precisa estar com sua integridade intacta", reforça, destacando preocupação crescente da categoria com a transparência. "Isso é dever de qualquer órgão público, o Judiciário não é exceção".

 

O presidente da ACM reforçou ainda que, diante dos recentes escândalos envolvendo a magistratura no Estado, é importante reforçar a importância do trabalho de juízes no dia a dia da população. "A grande maioria esmagadora dos juízes atua com total integridade e não tem nada a esconder. Sem um bom Judiciário arbitrando o cotidiano, não teríamos democracia".

 

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