O primeiro dia de campanha do candidato do PSDB ao Governo do Estado, General Theophilo, expressou a importância do apoio de lideranças como o senador Tasso Jereissati, seu padrinho político e principal cabo eleitoral, para consolidar sua candidatura, já que ainda é desconhecido de grande parte do público eleitor.
Em cerca de 1 hora e 20 minutos, no percurso entre as praças José de Alencar e do Ferreira, no Centro de Fortaleza, o candidato, sorridente, não trocou muitas palavras com os eleitores, e aguardava a introdução de Tasso para só então abordar quem o encontrava.
Ainda na Praça José de Alencar, Tasso ia apresentando o General para quem passava. Para o grupo de mototaxistas, o senador ciceroneou o candidato com a tônica que deve permear a campanha: "Ele é um nome novo, nunca foi político". "Estamos projetando que é a grande expectativa de mudança que tem aqui no Ceará, qualquer outra alternativa é mais do mesmo. É a luta do futuro contra o passado e o povo cearense é quem vai decidir".
Lembrando que enfrenta uma ampla coligação, Theophilo reforçou o discurso de mudança. "Estamos fazendo o esforço para que todo o Ceará conheça a chapa. E vamos lutar contra 24 partidos que vão disputar o governo com a gente, mas acho que o Ceará e o Brasil todo tá querendo mudança".
O senador cumprimentava as pessoas e esclarecia quem de fato era o candidato ao Governo, quando, por vezes, alguém repetia: "Meu voto é do senhor". Até mesmo "O Galeguim do olho azul", o jingle da campanha de 1986 de Tasso ao Governo, foi cantarolado por alguns. "Se fosse o Tasso, eu votava. Esse daí ainda não sei, nunca nem tinha visto", disse o vendedor Francisco Luciano, 54. A frase foi repetida muitas vezes pelo trajeto. Houve quem afirmasse "O Tasso mandando, eu voto", como um senhor professor, que preferiu não se identificar, já na Praça do Ferreira.
No fim percurso, enquanto a comitiva comia pastel com caldo de cana, uma outra questão dividiu quem assistia à visita. "Ele é general?", perguntou o vendedor de acarajé, ao que o cliente respondeu: "É, do Exército". "Ah! Pois meu voto já é dele. Só voto agora se for de capitão pra cima", asseverou. Logo ao lado, o comerciante Luís Carlos Freitas, 54, disse nutrir certa simpatia pela trajetória política de Tasso. "Mas não voto em militar. Se ainda fosse um civil...", ponderou.
Ao longo da caminhada, Tasso e o candidato a deputado federal Capitão Wagner (Pros) eram os focos de quem abordava com alguma demanda o grupo, formado também pelos candidatos a vice Emília Pessoa (Pros), e ao senado, Mayra Pinheiro (PSDB) e Luiz Eduardo Girão (Pros).
Com Tasso apoiando nacionalmente Alckmin (PSDB) e Wagner declarando voto a Bolsonaro (PSL), o palanque fica dividido. O senador, no entanto, rebateu. "No meu palanque é Alckmin, sem Bolsonaro. Bolsonaro na nossa chapa, não", sustentou.
Hélio Góis
Pela manhã, participa de reuniões do partido. À tarde, reúne-se com lideranças evangélicas, em encontro fechado. Seu comitê central será inaugurado às 17h, na Washington Soares.
Mikaelton
Reunião na TV Cerá, às 10h, com diretores da empresas e representantes de todos os candidatos. À tarde, reuniões internas.
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