Além de fraudar o cadastro no 99Pop com dados pessoais de pacientes, o acusado utilizava números de placas falsos na elaboração das contas. A placa exibida na captura de tela do aplicativo de uma das vítimas, por exemplo, nem sequer pertencia a um carro. Pesquisa simples no sistema de cadastros veiculares da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) mostrou que a placa registrada pelo acusado no 99Pop como sendo de um Renault Fluence preto era, na verdade, de uma motocicleta Honda POP100 vermelha, de proprietário totalmente estranho ao caso. O veículo que o suspeito conduzia também não correspondia ao que constava no app. Era um Logan preto.
[SAIBAMAIS]
Uma das vítimas relata que, após o estupro, entrou em contato com a 99Pop para solicitar o bloqueio da conta do acusado. Segundo ela, a empresa, inicialmente, demorou a prestar o suporte necessário. Após requisição dos órgãos de segurança, a 99Pop teria colaborado com a investigação que culminou na prisão do suspeito. A empresa enviou a O POVO posicionamento sobre o caso:
"A 99 informa que recebeu de duas passageiras do aplicativo denúncias contra um motorista da plataforma a respeito de graves incidentes de segurança ocorridos em Fortaleza (CE). Os perfis apontados por elas foram imediatamente bloqueados, ficando impedidos de realizar corridas. Desde o princípio, a empresa colaborou ativamente com a polícia, auxiliando as investigações que por fim levaram à prisão do suspeito. A 99 entrou em contato com as vítimas para prestar todo o apoio possível. A empresa segue empreendendo todos os esforços para investigar o ocorrido. A empresa lamenta profundamente esses e outros casos de violência contra a mulher."