Em dois anos e quatro meses (até junho deste ano), as unidades do Veículo Alternativo para Mobilidade (Vamo) foram utilizadas em 3.381 viagens. O número de pessoas cadastradas no aplicativo de carros compartilhados, em igual período, foi de 3.500 ou seja, menos de uma viagem por usuário. Já nos seis primeiros meses deste ano, foram apenas 370 pessoas que trafegaram em um dos 20 carros disponíveis, contabilizando 700 usos.
Com o objetivo de estimular o compartilhamento dos veículos, uma equipe do Hapvida, que patrocina o projeto, realiza a inclusão de cadastros de motoristas até o próximo dia 31, na Universidade de Fortaleza (Unifor). A vantagem para quem realizar o cadastro na unidade é a de receber uma hora grátis no Vamo.
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O estande está montado em frente à biblioteca central da Unifor. Arthur Lima, 18, até tem muita vontade de fazer a inscrição. No entanto, o jovem ainda não atende a um dos requisitos básicos para poder aderir ao Vamo: ter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) definitiva. O documento do estudante de Direito é provisório e ele terá de esperar um pouco mais até receber a CNH permanente. "Você pode usar o Vamo quando precisar resolver mais coisas, em lugares diferentes", diz.
Já Raniele Borges, 19, avalia positivamente ter uma estação de carro compartilhado próximo à universidade em que ela estuda Psicologia. "No intervalo entre as aulas, a gente vai poder resolver várias coisas com o carro". No caso do produtor gráfico Robério Ângelo, 35, o cadastro na Unifor acabara de ser realizado e ele já decidiu realizar o test drive dentro da própria universidade."A vantagem é que você pode ter um carro perto do trabalho e pode resolver coisas no intervalo de tempo maior, e ainda pode ficar com o carro.
Diferentemente de um Uber ou um táxi, quando você vai para um local e fica por lá".
Considerado o primeiro sistema de carros compartilhados da América Latina a usar somente carros 100% elétricos, o Vamo é um projeto semelhante ao de Paris, na França, e de Madri, na Espanha.
Engenheiro da Prefeitura, Renan Carioca explica que o método do Vamo, após dois anos de funcionamento, está adaptado à Cidade.
"Temos pessoas bem fiéis, que usam mais de uma vez por semana. O desafio é abranger a mais cadastros para, então, expandir os locais de estações". O fato de os veículos funcionarem por eletricidade e, portanto, não serem poluentes, é uma grande vantagem apontada pelo engenheiro, se comparado ao motor à combustão.
Sobre a redução do preço do sistema, hoje, é levado em conta o tempo de uso dos veículos (veja quadro ao lado). Com isso, o valor a ser cobrado dos usuários que tiverem Bilhete Único diminuiu de R$ 20 para R$ 15, nos primeiros 30 minutos. A taxa mensal é revertida, integralmente, nesse crédito para os usuários, sendo ou não cadastrados com o Bilhete Único.
COMO FUNCIONA A COBRANÇA
O valor do passe mensal custa R$ 15 para os cadastrados com Bilhete Único e R$ 20 para os demais. O valor da taxa mensal é revertido, integralmente, em crédito para os usuários.
Do primeiro minuto ao trigésimo minuto, o preço cobrado é fixo e totaliza R$ 15. Situação semelhante acontece para quem usar o sistema por até 3 horas. Cada faixa de tempo tem sua respectiva taxa de valor indivisível. Somente a partir de 3 horas de uso é que será cobrado R$ 0,30 por minuto adicional; e a partir de 5 horas será cobrado R$ 0,50 por minuto adicional.
RESUMINDO, a cobrança se dá da seguinte forma:
Para até 30 minutos de uso: a tarifa será reduzida de R$ 20 para R$ 15 (redução de 25%);
Para até 1 hora de uso: a tarifa será reduzida de R$ 44 para R$ 20 (redução de 54%);
Para até 2 horas de uso: a tarifa será reduzida de R$ 80 para R$ 30 (redução de 62%);
Para até 3 horas de uso: a tarifa será reduzida de R$ 110 para R$ 35 (redução de 68%);
Entre 3 horas e 5 horas de uso: tarifa de R$ 35, com acréscimo de R$ 0,30 por minuto adicional;
A partir de 5 horas de uso: R$ 71, com acréscimo de R$ 0,50 por minuto adicional.