Cinco meses depois da Chacina das Cajazeiras, mais três pessoas foram presas suspeitas de participação da matança de 14 pessoas. Dois homens e uma mulher. Em nota divulgada ontem, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS) confirmou apenas o nome um dos capturados. É Misael de Paula Moreira, 26, já indiciado pela carnificina ocorrida em 27/1/2018 no Forró do Gago na favela do Barreirão. Agora, são dez adultos presos e um adolescente apreendido.
No inquérito da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Misael Moreira é responsabilizado por “planejar, articular, reunir matadores, organizar a logística e comandar a chacina”.
Segundo as investigações, Misael, também conhecido por “Psicopata”, “Terrorista”, “Maguim” e “Misa”, seria o líder do subgrupo denominado “Os Quebra Coco”. É o setor da facção Guardiões do Estado (GDE) que reúne os homens responsáveis pelos assassinatos de inimigos e outras ações sanguinárias.
No ato da prisão, Misael Moreira estava em um veículo modelo Jeta e foi abordado por PMs na rua Eduardo Perdigão, na Parangaba. Com ele foram apreendidas uma pistola calibre 9 mm e 31 munições. Além de dois aparelhos celulares e R$ 1.400,00 em espécie.
De acordo com o inquérito, Misael e outros quatro indiciados também fariam parte do “Conselho” da GDE. Seriam os “donos da facção”. Os que comandariam o tráfico de drogas em bairros de Fortaleza.
Entre os membros do “Conselho”, estaria Deijair de Sousa Silva. Em nota divulgada à imprensa, os advogados Filipe Pinto e Paloma Gurgel Cerqueira negam que Deijair tenha organizado e autorizado o ataque ao Forró do Gago. Também afirmam que não há prova concreta que aponte a ordem do cliente para invadir e matar na casa de show.