A política de assistência psicossocial deve ser priorizada nos próximos anos, com contratação de profissionais, atendimento farmacêutico e redefinição de processos. É o que afirma Joana Maciel, titular da Secretaria Municipal da Saúde (SMS). No último dia 2, a Prefeitura anunciou concurso público para contratar 129 profissionais para a Rede de Atenção Psicossocial (Raps) de Fortaleza.

A secretária aponta que o grande número de contratos temporários inviabiliza uma assistência mais adequada. Segundo ela, é importante um diagnóstico precoce, com envolvimento dos profissionais da Estratégia de Saúde da Família no atendimento do paciente que busca a rede de atenção psicossocial, processo denominado matriciamento.

“Muitas vezes, os pacientes com transtorno mental, principalmente aqueles mais graves, precisam de medicamentos específicos e a gente tem irregularidades no abastecimento. Em 2017, trabalhamos fortemente a solução da dispensação de medicamentos na rede de atenção primária. Foram definidos 84 itens prioritários que não mais faltarão para a população. Até o fim do ano, a mesma estratégia deverá ser adotada para os medicamentos da atenção psicossocial. Também vamos definir um leque de medicamentos prioritários”, assegura Joana Maciel. Até julho, diz a gestora, farmacêuticos serão contratados nas centrais de medicamentos para dispensar esse tipo de medicamento especial.

Grupos de terapia ocupacional e atendimentos individuais com profissionais de enfermagem, serviço social e psicologia fazem parte da programação dos Caps, explica Juliana Reis, assistente social da rede. “Temos grupos de música, desenho, contação de histórias, teatro e terapias alternativas como massoterapia, auriculoterapia”.

NA CAPITAL

Segundo a SMS, são 344 profissionais na Raps (que desenvolvem atividade fim), contabilizando uma estimativa de 18.594 mil atendimentos por mês.