Na noite desta quinta-feira, em Fortaleza, alguns postos de combustível registraram falta de gasolina. Antônio José Costa, assessor de economia do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Ceará (Sindipostos-CE), explica que o bloqueio na tarde de ontem no Porto do Mucuripe inviabilizou a entrada e saída dos caminhões-tanque.

Caso a paralisação seja mantida, mesmo após declarada a trégua, o abastecimento na Capital estará comprometido. “O estoque é pequeno. Os estabelecimentos conseguem segurar por quatro ou cinco dias. Se houver uma alta procura, os combustíveis acabam mais rapidamente”, explica.

Enquanto em outras cidades do País o litro da gasolina chegou a ser comercializado a R$ 10, o combustível não apresentou aumento vertiginoso.

No dia 23 de maio, a gasolina em Fortaleza podia ser encontrada a R$ 4,89 nos postos de combustíveis. Seu preço médio era R$ 4,59. Conforme o último levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), do dia 13 ao dia 19 deste mês, o valor médio da gasolina na Capital cearense era 3ª mais cara do Brasil, perdendo apenas para Rio Branco (R$ 4,89) e Rio de Janeiro (R$ 4,75).

Nos aeroportos do País a situação ontem era de contingenciamento. Em Recife, a Azul Linhas Aéreas cancelou voos por falta de abastecimento das aeronaves. O voo 2930, por exemplo, não decolou de Recife para Juazeiro do Norte, causando o cancelamento do 2931, que faria a rota inversa.

Segundo relatório da Infraero, o Aeroporto de Juazeiro do Norte tinha combustível suficiente para abastecer aeronaves por um período acima até 18 horas. A Fraport, administradora do Aeroporto de Fortaleza, informou ao O POVO que as operações ocorrem normalmente. Em Confins, Minas Gerais, foi acionado estado de contingenciamento para evitar o desabastecimento. (Átila Varela)