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Com livre concorrência, a alta de combustível impacta em toda a cadeia
Reportagem

Com livre concorrência, a alta de combustível impacta em toda a cadeia

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Tipo Notícia


O combustível, que tem livre precificação de mercado, impacta na cadeia produtiva mesmo para quem não tem uma despesa mensal com abastecimento e utiliza o transporte público, por exemplo. A alta das tarifas acaba sendo repassada para o frete dos produtos, um componente importante na formação dos preços.
 

Bruno Iuguetti, consultor na área de petróleo e energia, explica que a composição tarifária do combustível é grande, somando custos de refino, distribuição e revenda. Segundo ele, se hoje fossem retirados todos os impostos da gasolina, o preço ficaria em torno de R$ 2,10 o litro. Os aumentos praticados acabam atingindo todos os setores, de maneira a incidir na majoração dos insumos que dependem de frete, reforça o consultor.
 

O preço do barril do petróleo vem se mantendo dentro do mesmo patamar nos últimos 12 meses, flutuado entre US$ 65 e US$ 70. Bruno informa que a previsão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) é que, até o fim do ano, o barril do petróleo atinja o valor de US$ 100. “A guerra da Síria ainda não impacta porque não é um grande produtor de petróleo, mas há uma preocupação pela situação internacional, que pode ensejar novos distúrbios sociais, principalmente nos países árabes”.
 

A gasolina é um commoditie que pesa no bolso do consumidor, assim como o gás de cozinha, que em Fortaleza pode ser encontrado a R$ 78 o botijão de 13 kg ou R$ 188 o botijão completo. A diferença na política tarifária em relação aos derivados líquidos é que a vigência dos prazos do gás de cozinha, em geral, é revista a cada 30 dias para maior ou menor, enquanto nos combustíveis os reajustes ocorrem diariamente.

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