Reutilizar água, usar menos a máquina de lavar roupas, evitar uso de eletrodomésticos e dirigir em horário de pico são medidas utilizadas pelos consumidores para reduzir custos e ajustar as contas do mês.
 

O coordenador administrativo financeiro, Luan Melo, 27, mora com a avó no bairro Parangaba e paga por mês de R$ 120 a R$ 150 na conta de luz. O gasto pesa no orçamento, sendo a segunda maior conta de Luan. “A gente economiza ao máximo. São só duas pessoas e acho o valor alto. Não utilizamos esses eletrônicos que consomem mais”.
 

A aposentada Lireide Paixão, 80, mora com a filha e um neto no bairro José Walter. Ela reclama da conta de água que passa de R$ 150 por mês. “É alta, toda vida foi e vai aumentando todos os meses”. Ela já procurou vazamentos, mas diz que nada de incomum foi encontrado.
 

Para economizar, Lireide procura lavar a louça de uma única vez, reutiliza a água da máquina de roupas para lavar banheiro e o quintal, mas, ainda assim, a conta é uma das maiores do orçamento doméstico. “Sou sozinha para tudo. A minha economia não dá para nada e o dinheiro que ganho é só para pagar contas”, explica.
 

Trabalhando com frete há oito anos, o empreendedor Mavinier Amador, 44, tem na gasolina um dos itens mais pesados dos gastos mensais. Ele realiza em média quatro fretes por dia, cobrando R$ 50 o serviço. Com o aumento da gasolina, repassou o custo para alguns clientes, pois antes cobrava R$ 40.

Por mês, a conta de combustível passa de R$ 500. “No fim do mês, tem frete que nem compensa”, avalia. Buscando economizar na gasolina, Mavinier reveza o abastecimento com álcool, reúne as entregas para irem juntas na mesma rota e evita dirigir nos horários de pico. “A Aldeota, depois de 17h, já evito e pergunto ao cliente se pode ser depois das 19h”. Apesar da organização, ele não consegue economizar na compra da gasolina. “Não tem por onde correr. Aonde chega a média está R$ 4,29 o litro”.