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Indefinição sobre desapropriações afeta as obras do ramal do VLT
Reportagem

Indefinição sobre desapropriações afeta as obras do ramal do VLT

| RAMAL PARANGABA-MUCURIPE | Apesar do andamento dos processos de desapropriação, Estado projeta entregar o equipamento ainda em 2018
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Impasse entre Governo e proprietários para a desapropriação de menos 450 imóveis precisa ser solucionado para que as obras do ramal Parangaba/Mucuripe, operado por Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) sejam entregues. Mesmo num cenário ainda tão indefinido, visto que os processos são analisados um a um, a Secretaria da Infraestrutura do Ceará (Seinfra) projeta concluir o equipamento neste ano.


Fora as desapropriações (ou mesmo por causa delas) as obras do VLT foram constantemente interrompidas. Começou com o consórcio formado pelas empresas Consbem, Passarelli e Engexata, que abdicou da construção dois anos depois de começar, justo na Copa do Mundo. Depois disso, a Seinfra recebeu proposta de outro consórcio, formado pelas empresas Marquise e Engesol, mas não aceitou. No mesmo período, ainda outra licitação foi feita e desfeita. Porque, segundo a pasta, a única empresa interessada foi considerada inabilitada.

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Como justificativa para ter rompido o contrato com o primeiro consórcio, o Governo alegou “inúmeras notificações de atraso (da execução) feitas pela Seinfra”. No entanto, a construtora Passarelli — atual responsável pela reforma e ampliação do aeroporto Pinto Martins — rebateu, em nota, que não entregou o serviço “devido à falta de desapropriação de algumas áreas”.


Lúcio Gomes, titular da Seinfra, pontuou que a obra demanda três mil desapropriações. Das mais de 400 que faltam resolver, disse, a maioria é no São João do Tauape, onde, atualmente, as obras estão concentradas. “Depois que a gente trata com cada família e cada imóvel é desocupado, se não entrar com a obra (logo em seguida), vem outro estranho e reocupa (o terreno). Aí o Estado fica impedido de pagar (outra indenização)”, comentou.


Lúcio também argumentou que essa “não é uma obra fácil”, principalmente, porque, ao longo do percurso do ramal, os trabalhadores têm encontrado “muita interferência de esgoto, lixo, energia, telecomunicações”. Sobre prejuízos causados pelas paralisações da obra, o gestor afirmou não ter “algo expressivo” do quantitativo. “Porque não teve que desmanchar e fazer de novo, como é, infelizmente, o caso do (aeroporto) Pinto Martins”, alfinetou.

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