Todos os presos suspeitos de envolvimento na chacina de Cajazeiras tiveram sua “função” detalhada pela Polícia. Deijair de Souza Silva, 29, conhecido por “Do Deus”, apontado como um dos mandantes, foi preso em um apartamento no Cocó. No local, foram apreendidos dois veículos de luxo (um deles blindado), uma pistola calibre 45 e uma caixa com 76 munições. Além de um extrato bancário no nome de uma tia de Deijair, com mais de R$ 130 mil. 

A tia e a esposa do suspeito confirmaram que era ele quem movimentava a conta. Deijair já responde por roubo, porte ilegal de armas e tráfico de drogas. Ele já havia sido preso pela Polícia Federal com 100 kg de entorpecentes, de acordo com o delegado Leonardo Barreto, diretor da DHPP.
 

O outro mandante, identificado como Noé, seria também um dos conselheiros da facção criminosa. Ele está preso e já tem passagem por roubo, porte ilegal de armas e dois homicídios. “Agora ele irá responder por esse mandado de prisão temporária”, acrescenta Leonardo.
 

Ana Karine da Silva Aquino, 23, conhecida como “Nega do Pezão” teria assumido ser a fornecedora de munição para a chacina. Com ela, a Polícia apreendeu 379 munições intactas e 180 papelotes de crack. “Ela admitiu isso, que ganha dinheiro com isso, inclusive vendendo (munição) para outras cidades”, detalha o delegado. 

Ayalla Duarte Cavalcante, 21, o “Zoião”, foi preso suspeito de ter ateado fogo no veículo usado no crime. “Ele declarou ser integrante batizado da facção e admitiu essa participação na chacina”, destaca Leonardo.
 

O quinto preso foi Rennan Gabriel da Silva, 19, conhecido como “Biel”. Preso após confronto com a Polícia, de posse de uma espingarda, que também teria sido usada na chacina. (SO)