Apesar das duas chacinas registradas no Ceará em menos de 72 horas, deixando 14 mortos nas Cajazeiras, em Fortaleza, e 10, em Itapajé, o Governo do Estado não irá pedir apoio de forças militares federais. Para o Executivo estadual, o ideal é que o Palácio do Planalto envie reforço do setor de inteligência da Polícia Federal (PF).
“A Força Nacional não foca nesse problema. As facções demandam resposta de inteligência e repressão qualificada em nível estadual, que estamos fazendo, mas se o Governo Federal mandar a Polícia Federal e uma área de inteligência para cá, é um apoio mais consistente”, ressaltou Élcio Batista, chefe de gabinete do governador Camilo Santana (PT).
No domingo, 28, um dia após o massacre nas Cajazeiras, o chefe do Executivo estadual cobrou do Ministério da Justiça apoio no combate às organizações criminosas. Em resposta, o ministro Torquato Jardim anunciou o envio de equipes da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Departamento Penitenciário Nacional (Depen).
Na mesma ocasião, o governador anunciou três iniciativas para o combate ao crime organizado: integração de várias instituições estaduais das áreas de Segurança e Justiça, um grupo especializado da Polícia Federal no Estado e uma vara do Tribunal de Justiça do Ceará voltada especificamente para julgar crimes relacionados a facções.