Logo O POVO+
Em busca de consenso, PSDB decide repartir cargos da executiva
Radar

Em busca de consenso, PSDB decide repartir cargos da executiva

Pela fórmula desenhada na cúpula da legenda, o vencedor na votação vai indicar 70% dos cargos da executiva, e o derrotado 30%. Disputam a presidência do PSDB o senador Tasso Jereissati e o governador Marconi Perillo (GO)
Edição Impressa
Tipo Notícia Por
NULL (Foto: )
Foto: NULL

[FOTO1]
Em reunião realizada ontem, em Brasília, a comissão eleitoral do PSDB que está organizando a convenção nacional da sigla chegou a um acordo para que haja uma chapa única na disputa pelos 177 cargos do diretório nacional tucano. Esse foi o primeiro passo, segundo dirigentes do partido, para a construção de um consenso entre os dois candidatos ao comando do PSDB: o senador Tasso Jereissati (CE) e o governador Marconi Perillo (GO). 


Pela proposta do ex-governador Alberto Goldman, presidente interino da legenda, os cerca de 450 delegados na convenção marcada para o próximo dia 9, em Brasília, votarão duas vezes: primeiro em um dos dois candidatos a presidente e, na sequência, na chapa única.
 

Pela fórmula desenhada na cúpula da legenda, o vencedor na votação vai indicar 70% dos cargos da executiva, e o derrotado 30%. “Esse é o primeiro passo para se chegar a um consenso na formação da executiva e, consequentemente, na unidade do partido”, disse o deputado federal Silvio Torres (SP), secretário geral do PSDB e membro da comissão eleitoral.
 

“Se tiver dois candidatos, então o presidente será eleito diretamente pelo voto dos convencionais, o que é inédito no partido. A votação em chapa única do diretório diminui o clima de confronto”, avalia Goldman.
 

Após o acordo, os tucanos passaram a dizer que a eventual disputa pela presidência do partido pode ocorrer sem deixar traumas. Apesar disso, em outra frente, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ainda tem atuação nos bastidores para costurar a candidatura única.
 

Uma opção para se chegar ao consenso é indicar o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, para a presidência do PSDB, o que daria flexibilidade para ele viajar o Brasil como pré-candidato à Presidência em 2018.
 

“O fato é que minha candidatura está absolutamente de pé. Vou até a convenção como candidato a presidente do PSDB, sempre buscando a unidade e o consenso. Ontem à noite falei com FHC, que estava em Washington. A consulta, se concordaria com uma chapa única, já tinha sido feita pelo presidente Goldman. Eu disse que concordo. Na hora da Executiva é outra conversa”, disse Perillo.
 

A executiva do PSDB deve ser reunir na semana que vem para debater a elaboração do novo estatuto e do programa do partido. Os tucanos não conseguiram, porém, chegar a um consenso sobre a reforma da Previdência e vão liberar a bancada.

Aécio
 

Goldman não quis opinar sobre a reunião desta quarta entre o senador Aécio Neves (MG), presidente licenciado do partido, e o presidente Michel Temer. O objetivo do encontro seria discutir a substituição do ministro da Secretaria de Governo, deputado Antonio Imbassahy (PSDB-BA). O presidente havia decidido nomear o deputado do PMDB Carlos Marun (MS) para o posto e depois do encontro do Aécio recuou. “Ele (Aécio) é um senador e fala com quem quiser, ele não fala em nome do partido, está licenciado. Em nome do partido falamos nós agora aqui”, afirmou Goldman.

O que você achou desse conteúdo?