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Nostalgia marca Rock in Rio
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Nostalgia marca Rock in Rio

A nostalgia tomou conta de quem foi ao Rock in Rio ontem, último dia do festival, com direito a manifestação política e "Fora Temer"
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Acabou.Galvão Bueno gritaria “é tetra”, com a mesma empolgação com a qual o fez quando Roberto Baggio chutou aquele pênalti para o alto, na final da Copa do Mundo de 1994. Sete dias de Rock in Rio, sete dias de música - pop, rock, principalmente -, da tal experiência da qual a organização do festival gosta tanto de se orgulhar.


Depois de um fim de semana dominado por batidas dançantes e experimentações com beats, com Maroon 5 tocando duas vezes (na primeira, na substituição repentina da Lady Gaga) e Justin Timberlake, e uma enxurrada de comentários “mas não é ‘Rock’ in Rio?”, as guitarras voltaram a dominar a escalação para os últimos quatro dias de festival.


As duas maiores bandas da noite distanciavam da direção das guitarras.

No caso do Red Hot Chili Peppers, a força está no groove do baixo de Flea, ainda mais depois da saída do guitarrista John Frusciante, em 2009. Substituído por Josh Klinghoffer, de 37 anos (17 a menos do que o vocalista Anthony Kiedis), está mais seguro no instrumento, mas sabe que o protagonismo não é com ele.


Já o Capital Inicial, se pudesse ver seu passado inteiro, ele seria pontuado por plateias lotadas no Rock in Rio. Em sua quinta participação, neste domingo, e mais uma vez no encerramento do festival, a banda fez um show à altura das expectativas para este momento de despedida da Cidade do Rock.


Partindo de uma música nova, “O bem, o mal, o indiferente”, Dinho Ouro Preto, Fê Lemos, Flávio Lemos e Yves Passarell, além dos músicos de apoio, engataram a quinta numa sequência de sucessos.


Antes de “Veraneio vascaína”, Dinho se referiu à crise da segurança por que passa o Rio. “É surreal, como se estivéssemos numa guerra civil, com tropas na rua.” A plateia entoou “Fora Temer” e ele devolveu: “Fora Temer, fora todos, uma longa lista. Os cidadãos cariocas vão prevalecer. As eleições estão chegando”.


Mais adiante, “Que país é esse?” motivou novos discursos. A música foi dedicada a “políticos de esquerda, centro e direita, de Aécio a Dilma, Eduardo Cunha, Sergio Cabral”. “É uma lista longa que sequestrou a democracia brasileira, conspirou contra a esperança de todos nós. O poder corrompe e o Brasil é maior e melhor que seus representantes.”
(da Agência Estado)

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