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Missa de 7º dia é marcada por emoção e homenagens
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Missa de 7º dia é marcada por emoção e homenagens

Celebração mais reservada a familiares e amigos de Belchior teve um tom mais sóbrio e intimista que as cerimônias da última semana. Missa teve momentos de comoção e tributos ao compositor e cantor cearense
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Passada a catarse coletiva causada pela morte de Belchior, na madrugada do domingo, 30/4, familiares e amigos mais próximos se reuniram mais uma vez para homenageá-lo. A missa de 7º dia do falecimento do cantor e compositor cearense foi realizada na noite de ontem. A Igreja do Cristo Rei, no Centro, recebeu cerca
de 300 pessoas.
 

O carinho e a admiração pelo artista seguem os mesmos. A dor e a tristeza pela perda também permanecem, mas, aos poucos, vão sendo substituídas pela resignação e a saudade por quem agora escolhe relembrar momentos da vida e da obra de Belchior.
 

A igreja nem chegou a ficar cheia, como já ocorrera nos locais de velório e sepultamento de Belchior. Havia tanta gente quanto uma missa de 7º dia qualquer, segundo uma funcionária da igreja que não quis se identificar, revelando ainda que a família preferiu não divulgar a cerimônia religiosa.
 

A celebração foi bem mais sóbria que as da última semana, quando a dor era mais presente. As reações, mais comedidas, não significam, entretanto, que faltou emoção na noite de ontem.
 

Entre uma conversa ou história do artista cearense puxada pela memória, bastava olhar nos rostos e constatar que Belchior era muito mais que um pai, irmão, tio ou amigo dos que lá estavam.
 

“Belchior era um homem coerente com a realidade que o cercava. Nunca se apegou ao vil metal, como costumava cantar. Por isso, marcou uma geração”, afirmou o padre Wagner Saboia durante a missa.
 

Segundo sacerdote, era um momento de celebrar uma vida nova e eterna de Belchior. “Se Deus permitiu que ele fosse cedo, é porque seu lugar em sua morada já estava reservado.”
 

Embora poucos fãs tenham comparecido à missa, familiares não esqueceram a última semana, marcada por incontáveis manifestações de carinho. Demonstrações essas que surpreenderam até mesmo as pessoas mais próximas do cantor.
 

Família
“Todas as manifestações foram momentos de consolo. Gente que nem conhecíamos. Foi um grande reconforto a todos da família. A gente sabia que ele era querido, mas não tínhamos ideia da dimensão do tamanho do carinho e das homenagens”, disse Priscila Belchior, sobrinha do cantor e compositor.
 

Ao fim da missa, mais homenagens. Entre discursos e palavras de amor, os 25 integrantes do coral do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) arrancaram lágrimas e sorrisos cantando sucessos inesquecíveis do artista cearense, como “Alucinação” e “Tudo outra vez”. 

 

Saiba mais

 

A vida do artista
O cantor e compositor cearense Belchior morreu aos 70 anos após rompimento da artéria aorta no último dia 30 de abril, na cidade de Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul.

Belchior viveu nos últimos anos isolado no município, peregrinando por distritos e cidades vizinhas, abrigado por amigos e conhecidos.
O artista planejava voltar ao nordeste para gravar e retomar
agenda de shows. 

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