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Saiba o que fazer depois de bater o carro
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Saiba o que fazer depois de bater o carro

Para não ficar tão perdido, confira o passo a passo
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Trânsito ao lado do Makro, em Fortaleza (Foto: Mauri Melo)
Foto: Mauri Melo Trânsito ao lado do Makro, em Fortaleza

Um acidente de trânsito não precisa, necessariamente, ser um grande transtorno. Em casos de simples colisões, a solução pode ser mais fácil do que você imagina. É o que aponta o gerente de operações e fiscalização da Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC), Disraeli Brasil. "Aqui a gente tem essa cultura que acha que tem que ficar parado por um simples arranhão", afirma. O especialista indica o passo a passo a seguir em casos de batida e aponta: a solução pode estar a um toque no celular.

 

Colisões sem vítimas

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Realize seu Boletim de Acidente de Trânsito Eletrônico Unificado de Fortaleza (Bateu) no aplicativo AMC Móvel. A plataforma permite que os condutores possam registrar o acidente sem precisar aguardar pela chegada de uma viatura da AMC ao local. Basta se cadastrar e anexar as imagens necessárias. Após o preenchimento das informações, o veículo pode ser removido, evitando a obstrução desnecessária da passagem. Em caso de ausência de internet no momento, o usuário tem um prazo de até 30 dias após o ocorrido para registrar o boletim, no site centralamc.com.br. O Bateu pode ser utilizado como comprovação do acidente para a seguradora.

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Em casos de colisões leves, nas quais os veículos não sofreram graves danos e, portanto, podem ser realocados, é importante que o motorista o faça. Um veículo no meio da via pode causar outros acidentes. Além disso, a multa para quem deixa o veículo obstruindo importantes passagens é de R$ 130,15 e quatro pontos na carteira, caracterizando uma infração média. Nos casos em que o veículo não pode ser removido, o motorista deve sinalizar a área, acionar a AMC para administrar o trânsito da região e solicitar um guincho.

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Nas ocorrências mais simples, o acordo pode ser a solução. As duas partes devem chegar à conclusão sobre a culpabilidade da ocorrência e o responsável pelo pagamento de danos, de forma justa e pacífica. O acionamento dos órgãos auxiliares pode levar bastante tempo, já que os atendimentos, no geral, são voltados para casos mais graves.

Colisões com vítimas

A primeira medida a ser tomada, nos casos mais graves, é prestar socorro à vítima. O correto é ligar imediatamente para o 190, número de atendimento aos cidadãos pela polícia militar. Deixar de prestar socorro é considerada infração gravíssima cinco vezes, com suspensão do direito de dirigir. A agilidade nesse momento é vital, já que, segundo o Relatório Anual de Segurança Viária - Fortaleza 2017, 67,8% das vítimas fatais vem a óbito com até 24h após a ocorrência.

AMC Móvel

O aplicativo da AMC foi criado para facilitar o uso de serviços relacionados ao trânsito pelos fortalezenses, além de desafogar as demandas da AMC, como acidentes graves e ações de prevenção. Além do Boletim de Acidente de Trânsito Eletrônico Unificado de Fortaleza (Bateu), por meio do qual o usuário pode registrar colisões sem vítimas, o aplicativo disponibiliza que o usuário recorra a uma multa, verifique se seu carro foi rebocado, acompanhe investimentos feitos no trânsito da cidade e demais solicitações ao órgão. Os dados registrados no aplicativo são analisados pela AMC e posteriormente, caso válidos, são disponibilizados para impressão. Acidentes em estacionamentos privados não são válidos para cadastro no app.

Os custos do acidente

No geral, o responsável pela colisão deve arcar com os custos dos danos materiais. Se o motorista responsável pelo acidente for segurado, ele deve acionar a empresa e informar o ocorrido. É importante a reunião de fotos do veículo, do local e de testemunhas. De acordo com o pacote contratado, a empresa irá cobrir os danos do contratante e da vítima, em caso de seguro para terceiros. A partir do site www.compareemcasa.com.br/ é possível comparar os preços de diferentes seguradoras. As vítimas de acidente também têm direito ao Seguro DPVAT, fornecido pelo Governo a partir do imposto anual.

Seguro DPVAT

O DPVAT, seguro de Danos Pessoais Causados Por Veículos Automotores de Via Terrestre, é um seguro pago pelo Governo às vítimas de acidentes de trânsito. São três coberturas: indenização de R$ 13.500 para familiares ou herdeiros legais em caso de morte da vítima, indenização de até R$ 13.500 ao acidentado em caso de invalidez permanente, na qual o valor varia de acordo com a gravidade da lesão, e indenização de até R$ 2.700 para o acidentado custear as despesas médicas, valor que varia de acordo com os gastos comprovados pela vítima. O indivíduo pode requerer a indenização até três anos após o ocorrido.

O pedido de indenização por meio do Seguro DPVAT é um serviço gratuito e pode ser feito em qualquer ponto de atendimento autorizado. São mais de 8 mil em todo o País. Localize o mais próximo de você por meio do site da Seguradora Líder-DPVAT (www.seguradoralider.com.br), empresa responsável pela administração do seguro no Brasil. De acordo com a Seguradora Líder, a indenização é liberada em até 30 dias após pedido realizado nos pontos de atendimento. Também é possível dar entrada em uma indenização por meio do aplicativo "Seguro DPVAT", disponível na Apple Store e no Google Play.

Motoristas de veículos cobertos pelo DPVAT devem pagar, anualmente, o valor referente ao seguro de acordo com o veículo em questão. Desse total arrecadado, além dos 50% voltados para o pagamento de indenizações, 45% do valor é destinado ao Sistema Único de Saúde (SUS) e 5% vão para o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).

O DPVAT não cobre

• Acidentes sem vítimas

• Danos pessoais que não sejam causados por veículos automotores de via terrestre, ou por sua carga

• Multas e fianças impostas ao condutor

• Acidentes ocorridos fora do território nacional

• Acidentes com veículos estrangeiros em circulação pelo Brasil.

Trânsito de Fortaleza

De acordo com o Relatório Anual de Segurança Viária - Fortaleza 2017, a taxa de mortalidade no trânsito da Capital diminuiu 9,5% em relação a 2016, e 34,5% em relação a 2010. No entanto, com um índice de motorização de 2,46 habitantes por veículo, segundo o mesmo estudo, o número de acidentes continua significativo.

Em 2017, dos 20.309 acidentes registrados no Sistema de Informação de Acidentes de Trânsito de Fortaleza (SIAT), 79,4% foram considerados como colisões. A motocicleta, segundo o relatório, aparece em 38,1% dos casos de atropelamento, constituindo o principal veículo atropelante. De acordo com o Relatório Preliminar de Vítimas Fatais no Trânsito - Fortaleza 2018, o motociclista também é o usuário que mais morre no trânsito de Fortaleza, apesar da redução de 30,4% no número entre 2016 e 2018.

O relatório informa, ainda, que os principais fatores contribuintes para os acidentes são desrespeitar o desenho urbano e ambiente viário, a velocidade excessiva e cruzar sem dar preferência. O não uso do capacete foi registrado como aspecto preponderante de aumento da gravidade das lesões. Os dados de Segurança Viária de 2018 e 2019 ainda não estão concretizados.

Relatório Preliminar de Vítimas Fatais no Trânsito - Fortaleza 2018

MORTES NO TRÂNSITO

Motociclistas - 45,6%

Pedestres - 39,8%

VIAS CRÍTICAS

Av. Duque de Caxias

Av. Silas Munguba

Av. Coronel Carvalho

Av. José Bastos

Cruzamentos críticos semaforizados

Rua Tenente Benévolo x Avenida Rui Barbosa

Rua Coronel Virgílio Nogueira x Rua Bom Jesus

Cruzamentos críticos
não semaforizados

Rua Manuel Arruda x Rua Herbene

Rua Bárbara de Alencar x Rua Rodrigues Júnior (Centro)

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