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Mundo em miniatura: método montessori
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Mundo em miniatura: método montessori

Método Montessori é aplicado em quartos de bebês e de crianças para estimular a independência desde a infância
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Antes mesmo de o bebê nascer, já foi decidido desde o enxoval à peça decorativa da porta do quarto do futuro novo morador. Porém, esquece-se que aquele conjuntinho de bochechas gorduchas e fralda também tem vontades e muito em breve poderá se expressar por si só se os adultos não o ficarem cercando. Os pais são quem decidem, por exemplo, a hora de brincar, com o que brincar, onde brincar. É nesse ponto que o método Montessori toca ao levantar a bandeira da autonomia das crianças.

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“Um quarto de criança não tem que ser aquele espaço decoradinho para tirar foto, tem que ser um espaço que ela possa viver de fato nele. Tirar as coisas do lugar, mudar, vivenciar esse espaço, principalmente o corpo. À medida que ela vivencia o corpo no espaço, ela vai internalizando esses conceitos que são para desenvolver a inteligência”, adverte Rita Vieira, professora da Faculdade de Educação da UFC.


Brenda Rolim, 35, começou a adaptar o quarto de seu filho à la Montessori quando ele tinha três anos. Hoje, já aos cinco anos, Bento pode aproveitar cama, móveis, chuveiro, pia e sanitário em conformidade com a sua altura. “No fato de tudo ser mais baixinho, dá uma sensação de pertencimento maior. Dá a sensação de que se ele se esforçar, ele vai conseguir chegar lá. Ele vai para a casa de alguém que o quarto não é adaptado e diz ‘mãe, ele não tem quarto de criança”, conta a arquiteta.


Essa metodologia foi criada voltada para crianças com atraso mental, depois foi expandida para todas, com o intuito de estimular a independência e a criatividade. “É um método que tem muito efeito na aprendizagem das crianças. É uma concepção do desenvolvimento pedagógico. Montessori é mais pedagogia ativa. A criança trabalha no ritmo dela”, explica o psicopedagogo Jean-Robert Poulin.


Contudo, permitir a independência da criança não significa negligenciar sua segurança. Nenhuma criança pequena deve sair perambulando pela casa sem supervisão. “Todos os ambientes devem ser preparados pensando nas capacidades da criança e nos desafios que lhes vamos propor, sempre tendo a segurança como uma premissa básica”, afirma Maria Belén Garcia, diretora administrativa do Instituto Casulo. Assim, a arquiteta Brenda relembra da utilização recorrente de chão acolchoado nesse tipo de quarto. (Lorena Marcello)

 

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DICAS


Do tamanho da criança


• VASO SANITÁRIO PARA CRIANÇAS: Pode ser utilizado por crianças de até 7 anos. A furação é a mesma do vaso de adultos, sendo necessária a troca somente do aparelho.

 

• CHUVEIRO: Pode variar com a altura, assim acompanha o crescimento da criança.

 

• CAMA: Enquanto crianças, só é preciso do colchão no chão. Depois, acrescenta-se ao colchão a estrutura da cama.

 

• CHÃO: O piso acolchoado permite a circulação da criança com mais conforto seja engatinhando, seja andando e serve de espaço seguro para brincadeiras.

 

• BARRA DE APOIO: São excelentes para as crianças se apoiarem sozinhas, ganharem equilíbrio e, consequentemente, independência.

 

- GUARDA ROUPA: Pode ser adaptado internamente. Se a sustentação de cabides for aparafusado mais alto depois do crescimento das crianças, não é preciso trocar o guarda roupa.

 

• MÓVEIS: Evita-se mobília com quinas ou de vidro, apresentam perigo às crianças.

 

• DECORAÇÃO: Os quadrinhos decorativos devem utilizar acrílico em vez de vidro.

 

E DEPOIS, QUANDO ELES CRESCEREM?


“Você pode fazer os móveis que depois eles se adaptem. Só faço aparafusar os cabides mais alto. O vaso sanitário é a mesma furação, você só troca o aparelho. Você só vai ter o custo do bombeiro e da vedação, que é 50 reais. A pia também foi feito no padrão. Ele tem um chuveiro preso em uma barra que vai subindo de acordo com a altura dele; a cama dele tem uma tenda que foi feita separada da cama, é só retirar; o conjunto de gavetas que estão fora, que é modulado, encaixa no guarda roupa. É bem simples para readaptar”, enumera a arquiteta Brenda Rolim.

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