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Arte no fogão
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Arte no fogão

Edição Impressa
Tipo Notícia

Nunca pensou em montar um restaurante?

Eu penso, mas a gente tem um ciclo de vida. Na educação profissional, que é o segmento que eu trabalho hoje, tenho muita coisa ainda a me dedicar. Estamos com um projeto novo, que é o segundo Senac Aldeota. Nessa nova unidade a gente vai ter um restaurante escola e um café escola. Nesses dois empreendimentos a gente vai ter uma cozinha sustentável, vamos formar o profissional no fazer de fato dentro de uma empresa escola. Poder participar desse projeto me brilha os olhos e me faz não querer ainda ter uma coisa minha.

O que foi de desafio na sua trajetória?

O desafio é sempre estar se reinventando. Na cozinha, um tomate é um tomate e pronto. O que faz de diferente é o que você pode fazer com ele e a técnica que você pode aplicar. A educação é isso. A grande dificuldade é trazer o aluno e entender que chef de cozinha do jeito que desenham não existe. Você é cozinheiro e ponto.

Quais suas dicas para novos cozinheiros?

Você tem que amar o que faz. Cozinha é estressante, você fica 12, 14 horas em pé. Ritmo acelerado. Cinco minutos para o cliente é uma eternidade, mas na cozinha não é nada. Tem que amar porque senão ficar em pé vai ser cansativo, a cozinha vai ser pressão e você não vai conseguir. A gente brinca que 40 a 50% de quem entra para o ramo, no meio do ano desiste. O mercado ainda não tem a capacidade de remunerar o quanto um cozinheiro vale. E ganhar pouco e trabalhar muito é só para quem ama.

 

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