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A odontóloga Pollyanna Bitu alinha consultório, sala de aula e marketing ao desejo de cuidar do outro
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A imagem de uma menina de três anos, deitada na cadeira de um consultório de Odontologia, representa o início da bem sucedida trajetória de Pollyanna Bitu. O pai dentista a inspirou desde cedo e, movida pela vontade de cuidar, ela faz carreira na odontopediatria, mas também é professora da Unichristus e diretora Comercial e de Marketing da Uniodonto. "Quando alguém procurava onde eu estava, eu estava dentro do consultório, normalmente mexendo nas gavetas, nas coisas. Eu uso (essa foto) sempre nas minhas aulas. Quando alguém me pergunta quando foi que eu comecei na Odontologia, eu digo: nesse dia aí".

Logo após a conclusão da graduação, Pollyana emendou especialização na área, ao mesmo tempo em que atendia na primeira clínica dela, embaixo da casa no bairro Dionísio Torres. Até o convite para lecionar em uma faculdade, o gosto por ensinar era preenchido em cursos que ministrava na Associação Brasileira de Odontologia. "Tem que se capacitar, terminou, vai fazer logo uma especialização para ficar mais preparado, mais capacitado, e a partir daí as oportunidades vão aparecendo", diz.

Todo ano, Pollyanna viaja para congressos, uma dica importante mesmo em tempos de acesso fácil à informação na internet. "É muito importante ir e ver a palestra pessoalmente, conhecer o professor pessoalmente, ver o que que as feiras estão rendendo de produtos novos", enumera. Além de apresentar trabalhos, ela aproveita para conhecer colegas e trocar experiências sobre pesquisas.

Bebês, crianças e pessoas com deficiências são os principais pacientes de Pollyanna, mas ela eventualmente vira a "dentista da família" no consultório da Aldeota, onde atende agora. "A mãe pede para eu atender, o pai pede, e os meus pacientes já cresceram. Tenho muitos pacientes adultos que já foram minhas crianças, para dizer a verdade, tenho colega meu que dá aula na faculdade comigo, foi paciente e aluno. Atendo ainda idoso por conta das doenças da senilidade, degenerativas", explica.

Em busca de aperfeiçoamento, ela já fez mestrado em saúde Pública e MBA em Gestão e em Marketing - este último em andamento. "A gente tem que controlar algumas coisas de verdade, encarar como um negócio. O consultório odontológico tem gastos com material, insumos e equipamentos. Esses equipamentos precisam de uma manutenção e, às vezes, precisa repor". 

E para atuar na área, é fundamental gostar. "Eu acho que para dentro da odontologia você tem que gostar de cuidar do outro e se colocar no lugar do outro. Às vezes eu digo aos alunos: gente, presta atenção, esse paciente é o objeto do seu estudo, trate ele bem. Eu acho que é a principal habilidade, gostar de pessoas", ensina.

Multimídia 

Confira os vídeos de Perfil Profissional em https://bit.ly/2Fq8ZYK

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Saúde bucal 

Quais as possibilidades da profissão?

Eu estou em uma cooperativa como gestora, em um consultório e sou professora. Há muitas possibilidades, (o profissional) pode seguir carreira militar, ser dentista do Exército, da Marinha, da Aeronáutica, ir para a gestão pública, fazer concurso, ir trabalhar no PSF (Programa Saúde da Família).

Há a ideia de que os odontólogos precisam ter um consultório, mas como fazer isso no início?

Não vai atrás de montar um consultório logo, é um custo muito alto, cadê o cliente? Não é assim. Eu montei meu consultório dentro da clínica do meu pai, devagarinho. Por exemplo, eu não comprei todos os materiais odontológicos do mundo, vai atender o primeiro paciente, compra um primeiro material e aos poucos vai montando a sua estrutura, tem que ter muita calma. Há várias possibilidades até chegar a hora de montar o consultório, e você não é só feliz porque tem um consultório particular, não. Aluga, às vezes vai para a vida acadêmica e se identifica.

Qual a dica para quem está se formando?

Tenta dar o melhor de si e tenta não ir para qualquer coisa também, porque às vezes a pessoa no desespero vai trabalhar em qualquer clínica popular que vai explorar a tua mão de obra, te desvalorizar e te deixar infeliz. É melhor ficar em casa estudando do que ir trabalhar em um local que vai te explorar, não vai te valorizar, vai quase que te obrigar a fazer um serviço de péssima qualidade com material ruim, atendendo mal as pessoas.

 

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