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Investir em gestão é garantia de resolução mais rápida de problemas, melhor desempenho profissional e um ambiente corporativo mais saudável. Engana-se quem pensa que esse investimento deve vir apenas de quem já está no comando. A liderança de uma equipe, por exemplo, pode ser assumida por qualquer colaborador em algum momento. É preciso estar preparado. Mas como chegar a excelência na gestão?

Caius Temístocles, 32, analista de marketing da Newland, está nesse caminho. Constantemente é chamado para liderar projetos e, portanto, equipes, sendo responsável pelo contato com fornecedores, além da criação de linha de comunicação e identidade dos projetos.

Com formação em publicidade, ele diz que ainda faltava desenvolver a coordenação de projetos, que pedia a função. "Eu percebi que não tinha o vestuário adequado para um gestor, não tinha o vocabulário adequado para uma reunião E alguns cursos me mapearam para melhorar meus pontos fracos e mostrar, por exemplo, que eu sou capaz de gerir grandes setores, subir para cargos mais altos etc.", conta.

Para suprir a demanda, fez minicurso de coaching, de Neuromarketing pela Neuronio Web, em Fortaleza, e com Fernando Kimura, em Brasília, além de curso de UX Design, pela Udemy, e de Marketing Pessoal, pela Desencaixa. "Os cursos foram essenciais para que eu conseguisse me portar diante das pessoas, trabalhar para que a equipe continuasse sempre motivada, para que ela me visse como capaz de comandar, um líder realmente", ressalta.

As formações em gestão solucionam equívocos nas empresas, destaca Ana Cristina Barros, coordenadora executiva do Instituto Albanisa Sarasate (IAS). "Muitas vezes o melhor vendedor é promovido para ser gerente, mas nem sempre o melhor vendedor vai ser um excelente gerente. Isso porque são perfis diferentes, necessitam de habilidades e competências diferentes", diz.

Ela cita como competências de um bom gestor: a capacidade de gerir e administrar conflitos, gostar de gente, além de entender que ele é o estímulo e exemplo da equipe. "Muitas vezes ele conhece a especialidade de atuação dele, mas falta a visão do todo. Por exemplo, ele é gerente de finanças, mas não tem ideia do que acontece no setor comercial. Tem que entender, saber quais as estratégias da empresa, o que a empresa vende, como o estoque funciona. Uma visão integrada do negócio para ter um melhor desempenho".

Algumas ferramentas auxiliam na garantia dessa performance profissional acima da média. Um deles é o Design Thinking. "É uma forma de trabalhar a colaboração de funcionários de diferentes áreas para resolver um problema. Você monta uma equipe multidisciplinar, eles pensam em soluções para o problema e escolhem uma", explica Edmundo Benigno, publicitário e cofundador da Desencaixa.

Outro método é o Sprint, desenvolvido pelo Google para a solução de problemas. "Há uma agenda em que em uma semana são trabalhados alguns problemas escolhidos. Por exemplo, de segunda a sexta os problemas são apresentados na segunda-feira, as equipes se dividem e começam a pensar nas soluções, na terça existe uma reunião para tratar daquilo, na quinta-feira você monta o protótipo da solução e na sexta você valida. É totalmente imersivo, a empresa tem de parar", diz Edmundo.

Segundo o publicitário, os resultados da aplicação dos métodos são inúmeros. "Resolução de problemas de uma forma mais rápida, melhores resultados, menos custos, várias pessoas de diferentes áreas dialogando e melhor aproveitamento da equipe", cita. 

Cursos

O Instituto Albanisa Sarasate (IAS) está com inscrições abertas para três cursos na área de gestão, que irão ocorrer em setembro e outubro. Os cursos têm parceria com o Instituto de Estudos Empresariais (Iemp), Fundação Vanzolini e Desencaixa e apoio do Grupo de Comunicação O POVO.

Programa de Desenvolvimento Gerencial (70h/a)

Dias: início 8/10 (duração de 4 meses)

Público alvo: Empresas que buscam a qualificação dos seus gestores, bem como de potenciais colaboradores que possuem os perfis compatíveis com as exigências que as empresas procuram para o seu corpo gerencial.

Valor: R$ 1.800

Scrum Foundation (16h/a)

Dias: início 29 de setembro

Público alvo: Profissionais de gestão nos campos de gerenciamento de projetos de TI, desenvolvimento de software, gerenciamento de negócios e gerenciamento de serviços de TI.

Valor: R$ 1.400

Liderança Criativa (16h/a)

Dias: 20 e 27 de outubro

Público alvo: Colaboradores que querem despertar sua criatividade dentro da liderança de equipes e transformá-las em resultados.

Valor: R$ 1.200

Inscrições para os cursos: https://goo.gl/yJW2Jx

4 competências de um bom gestor

Liderança

O gestor que é um líder consegue que a equipe seja muito mais produtiva, gere mais resultados. O perfil de líder é o que conhece cada um da equipe para tirar o que tem de melhor deles. E a liderança não está só na figura do gestor. É importante que todo mundo desenvolva essa competência porque em algum momento você pode liderar uma equipe.

Capacidade de feedback

Ele precisa entender como se comunicar com cada uma das pessoas da equipe. É importante que o gestor imediato saiba dar e receber feedback dos colaboradores, dizer em que eles precisam melhorar. O bom gestor é quem sabe a forma de falar e como ser estimulante para os indivíduos.

Delegação e autoridade

Um gestor tem de entender que a pessoa vai fazer as tarefas que foram delegadas a ela do jeito dela. Essa pessoa não é uma replicação do gestor, ela tem outra forma de desempenho e ritmo. Pode ser que o resultado não seja da forma que o gestor desejava, mas tem de entender que é um processo de desenvolvimento da equipe.

Equilíbrio emocional

O gestor tem de entender que em cada cabeça da equipe há um mundo de valores, crenças e costumes diferentes, e que vai gerar um comportamento diferente de quem está ao lado dele. Quando você se sente motivado e estimulado, você tem mais adrenalina e brilho no olho. Por outro lado, também existe raiva, inveja e vingança. Por isso é importante trabalhar o seu equilíbrio emocional e o dos seus colaboradores.

Método Scrum

Outra tendência de solução de problemas na empresa é o Scrum, metodologia que promete reduzir em até 70% o período de execução de projetos. Além da agilidade, o método deixa de lado a burocracia. "As pessoas gastam muito com problemas internos, geração de documentos, comunicação, recursos humanos e esquece o que o cliente precisa. Com o Scrum, a empresa quebra os projetos em pedaços menores, fazendo um controle mais técnico, realmente solucionando aquilo que importa", explica Alexander Terra, gerente de educação da Fundação Vanzolini. É um método mais amplo que o Sprint, por exemplo, que é mais pontual.