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Sucesso na ponta do lápis
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Sucesso na ponta do lápis

A pedagoga e empresária Vanessa Queirós conta que fundou uma creche escola para dar ao filho o que ela acredita
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Precisar amar o que faz para ter sucesso profissional já era uma lição que Vanessa Queirós, 40, sabia de cor no começo da carreira. A paixão desde pequena por criança a levou a fazer vestibular para Pedagogia e logo que entrou na faculdade, já foi atrás de ensinar, ter teoria e prática juntas. A pedagoga começou então a se engajar em projetos voluntários na área da educação, conciliados ao trabalho já de carteira assinada como professora. "Eu era super nova e já tinha vontade de ter minha própria escola, eu sabia que os passos que eu estava dando eram preparando para realizar esse sonho", lembra. E a concretização do próprio espaço físico surgiu quando muitas pessoas resolvem dar uma pausa nos projetos: no nascimento do primeiro filho.

 

"Eu então pedi demissão e comecei a viajar por vários estados do Brasil conhecendo algumas escolas. Porque para abrir uma escola em Fortaleza eu precisava vir com um diferencial, já que aqui tem instituições tão boas", comenta. Foi nesse período que a pedagoga conheceu o método de Inteligências Múltiplas, estudo liderado pelo psicólogo Howard Gardner. A teoria do norte-americano se tornou base de conceito da Creche Escola Espaço Inteligente, fundada há 13 anos pela pedagoga. Segundo Gardner, há, no mínimo, sete tipos de inteligência diferentes, dentre elas a lógico-matemática, a interpessoal e a musical. Na prática, são estimuladas todas as habilidades nos alunos em um só conteúdo e por meio da inteligência específica que a criança tem, são desenvolvidas todas as outras.

"O desejo de abrir o espaço foi de dar ao meu filho aquilo que eu acredito", explica Vanessa. A creche escola foi inaugurada em julho de 2005, com apenas 35 alunos e uma equipe pequena. "Foi um pouco na contramão porque a gente abriu no meio do ano e geralmente as escolas abrem no começo do ano. E eu era muito jovem, tinha uma equipe muito jovem, a gente apresentava a escola numa maquete mesmo, porque não tinha nada pronto. Fazia propaganda boca a boca, de mão em mão", lembra Vanessa. Hoje, o espaço conta com 800 alunos (inclusive crianças com deficiência), uma equipe formada por fonoaudiólogos, nutricionistas, psicólogos e estrutura com salas de karatê, balé, natação, além de cursos de formação para os funcionários e pais. "A gente continua com o mesmo trabalho quando tínhamos 35 alunos, com o olhar individualizado, uma escuta muito boa e sempre se capacitando", completa.

 

A empresária vê na constante formação profissional um meio de excelência para carreira. Em um dos destaques do seu currículo está o curso de gestão de pessoas em padrões Disney, feito nos Estados Unidos. Atualmente, ela participa de um curso de Gestão em Foz do Iguaçu, Paraná. "O curso lida justamente com a parte administrativa que eu ainda venho desenvolvendo devido a necessidade", diz. "Quem trabalha com educação não pode parar".

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Arte de Educa

 

Bate pronto

 

OP - O que há de diferente em trabalhar com criança?

 

Vanessa - É justamente na fase de quatro meses a sete anos que a criança está preparada a receber tudo isso (a proposta de Inteligências Múltiplas), a mente está pronta a receber. Eu quero, através das minhas crianças, tornar a sociedade mais humana. Através das crianças, chegar na família. 'Papai, por que você está parando na faixa de pedestres?', 'Papai, não se fala assim'. Esse olhar que a gente procura desenvolver.

 

OP - Quais os planos você tem com a escola?

 

Vanessa - Tenho desejo de ampliar a escola, fazer outra sede de educação infantil, mas não tenho data ainda. Como sou mãe, tenho três filhos e estou muito presente aqui na escola, eu preciso dar mais um tempo da minha vida de mãe para que minha profissional possa crescer. Eu nunca vou fazer uma coisa se for pela metade, gosto de organização e planejamento. Jamais colocaria meu nome em alguma coisa que eu não acreditasse fielmente.

 

OP - Quais suas referências em educação?

 

Vanessa - Não tenho uma escola específica, mas tenho um intercâmbio muito bom com escolas do Brasil inteiro. Esse curso que eu faço de gestão é em Foz do Iguaçu, então acabo tendo contato com pessoas de todo o Brasil. Nesse network, acabo visitando escolas em outros estados e abro minha escola também para receber. Nessa troca a gente vai sempre crescendo, aprimorando, não repetindo algumas coisas

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