Salão lotado de gente de diversos países e uma equipe gigantesca por trás da iluminação, do som e do planejamento do que pode ser descrito como um verdadeiro show. Tony Robbins atravessa o palco ovacionado por milhares de pessoas, mas nem sempre têm um script.

Por mais que um núcleo de criatividade pesquise a história de cada um dos participantes do “Encontro com o Destino”, às vezes ele deixa se levar pelo momento, como explica no documentário Eu não sou seu guru. Parte do programa desenvolvido pelo escritor e coach de 58 anos poderá ser sentido pela primeira vez no Brasil. O palestrante motivacional fará evento no próximo dia 9 de agosto, na São Paulo Expo.

Serão dez horas de evento sobre autonomia, responsabilidade e decisões, sendo que Tony fica no palco por quatro horas. A vinda do palestrante ao País é conduzida pela empresária cearense Elany Leão, presidente da Indústria do Conhecimento, especializada em treinamentos empresariais e educacionais para desenvolvimento pessoal de alta performance. “Vi Tony Robbins ao vivo pela primeira vez em 2014, quando eu e minha irmã Emiliana fomos juntas aos EUA. Era o Unleash the Power Within, algo como Desperte seu Poder Interior”, explica ela.

O evento de quatro dias em Fort Lauderdale, na Flórida, impressionou as irmãs, duas das 10 mil pessoas que aguardavam Tony. “No primeiro dia, ele fez todos pisarem em brasas, era o famoso firewalk. Saí do ritual em êxtase. Ali eu olhei para minha irmã com a convicção de que precisava levar aquele homem para o Brasil.

Daquele momento em diante demos início a uma peregrinação de quatro anos por diversos países, EUA, Inglaterra, Holanda, Singapura. Frequentamos mais de seis treinamentos ao redor do mundo.”

Para o master coach José Roberto, presidente do Instituto Brasileiro de Coaching (IBC), as pessoas estão buscando o autoconhecimento para melhor se posicionarem em seu cargos. Por isso, treinamentos do tipo estão ligados à carreira. O que ainda atrapalha a performance dos profissionais, segundo ele, é a incongruência entre a atuação e o propósito de vida. “Isso pode se dar por não ter empatia com a missão da empresa, não enxergar desenvolvimento, ou mesmo não estar satisfeito com sua profissão atual.”