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Muito mais que um uniforme
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Muito mais que um uniforme

Solução de design para muitas empresas, o uniforme reflete identidade e impacta na performance da equipe
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Engajamento no propósito da empresa, melhora na performance de resultados, tranquilidade na execução de tarefas, bem-estar no ambiente de trabalho e autoestima elevada. Tudo isso é uma realidade que pode ser potencializada com um item básico para a maioria das empresas: o uniforme. A roupa com que a empresa veste seus funcionários revela seu lifestyle e identidade. “A roupa é expressão de marca, o desafio é fazer uma leitura que de fato consiga desenvolver um design voltado para a solução de marca, com conforto e que eleve autoestima do funcionário e melhore a performance. O uniforme certo, moderno faz com que toda essa cadeira de valor funcione”, explica Milena Satyro, CEO da Única Design, agência de solução integrada voltada para a releitura de uniforme, com sede em São Paulo.

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Os tempos são de integração total. O consumidor não compra mais apenas o produto de uma empresa, ele quer saber quais os valores aquela marca defende. “Cada empresa tem uma narrativa, um texto, uma imagem que a representa. Tanto para dentro, quanto fora e isso precisa ser comunicado. Mas de que adianta ter toda comunicação externa, se dentro trato mal os funcionários, se minha equipe não tem identidade? O uniforme une essas realidades”, reflete Raquel Medeiros, diretora da Limonar, consultoria de moda.


A multimarcas de moda Cosmic acompanha as tendências do mundo fashion nos looks das vendedoras. Nesta temporada de inverno, o uniforme é uma calça pantacourt flare de veludo molhado e t-shirt básica de tons terrosos. “Escolho uma das marcas que são vendidas na loja e eu mesma compro os looks. A preocupação é definir um uniforme com as tendências da estação, mas que seja básico. Não é desfile de moda, precisa ser uma roupa confortável, com tecido durável e oriento para a escolha de acessórios que evitem derrubar o look”, explica Liliana Diniz, proprietária da Cosmic. 


Em lojas de moda é comum as vendedoras terem como uniforme looks disponíveis nas araras. Funciona em alguns casos. Raquel Medeiros conta que essa estratégia é válida para vendedoras que são influenciadoras da marca.  

 

“Na Farm as vendedoras são as próprias meninas Farm, tem as opções de looks. O cabelo, o tênis, transformam as vendedoras em influencers”, analisa e diz que não há generalizações sobre o a vendedora vestir ou não looks disponíveis para venda.
 

O importante é que haja harmonia e diálogo com o que a marca está vendendo. O Boticário está reposicionando a marca. Mudando layout de lojas e contratou a Única Design para repensar os uniformes das vendedoras.   

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“Partimos da questão: qual roupa representa essa marca? E temos que traduzir isso com conforto e economia. Desenvolvemos uma calça de sarja que tem recortes que ajudam na mobilidade e é preta, uma tendência de lojas de cosméticos no mundo todo. Tem uma releitura de avental, em tecido mescla com uma proposta moderna, mas funcional, porque precisa no bolso, a blusa tem conforto térmico, não esquenta muito”, explica Milena.
 

O desafio de desenvolver uma modelagem é maior no Brasil. No mundo existem nove biotipos de corpo, diz Milena, no Brasil circulam cinco deles. Pensar na tecnologia do tecido se tornou importante questão para a empresa solucionadora de design.
 

A Meia Sola, multimarca de acessórios, também acompanha as coleções. “Nosso uniforme traz bem estar e isso potencializa o desempenho de vendas, da abordagem. Nosso uniforme nunca vai ter um desacordo com a campanha vigente”, explica Morgana Moares, gerente de marketing da Meia Sola. 

 

NAS NUVENS
 

A companhia aérea Gol convidou o estilista Alexandre Herchcovitch para desenhar os novos uniformes da empresa. Em nota ao O POVO, a Gol defende que “o estilista representa o novo momento da marca e os atributos que a empresa quer reforçar ao mercado: contemporânea com personalidade
e democrática”.   

 

NAS RUAS  

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CASE


Relevância visual

 

Um uniforme com design certo consegue integrar e incluir. Isso é comprovado através de dois olhares: o cliente percebe a roupa e traz um olhar super positivo para a marca e, com certeza, a transformação das pessoas no ambiente de trabalho. Essa é a defesa de Milena Satyro, CEO da Única Design. Um dos principais cases da empresa foi a releitura do uniforme da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) de São Paulo. Conhecidos como marronzinhos, os agentes de trânsito agora usam uniformes amarelos.  

“Fizemos um trabalho profundo de entendimento do trabalho dos agentes. 

 

Mudamos a cor, um fator que consegue comunicar o que precisa. Agente presta serviço, precisa ser visto. A cor marrom não se enxerga, a amarela é aprovada na convenção de Viena como uma cor que retém o olhar e traz visibilidade e segurança. O tecido antes era rígido, pesado. A gente trouxe um design bem mais moderno, com tecido com elastano”, explica Milena. 

 

Segundo ela, o feedback é super positivo. “Os agentes disseram que nunca foram tão percebidos como estão sendo agora. A roupa trouxe uma relevância e inclusão muito elevada para eles. Se sentem mais seguros, a mulher agente de trânsito já resgatou a feminilidade”. 

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