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Alternativas para o aprendizado
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Alternativas para o aprendizado

Com diferentes recursos, alunos e profissionais podem superar dificuldades de aprendizado. Métodos progressistas, que desenvolvem a criatividade e a concentração, auxiliam o processo
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O estudo ainda é a via mais garantida para o sucesso profissional. No trabalho ou na escola, aprender é obrigatório, mas em determinados momentos, não é fácil conseguir a concentração e o rendimento ideal. Sentimentos de impotência e de desânimo que surgem com a dificuldade de aprendizado podem minar de vez a vontade de assimilar conteúdos em sala de aula ou em casa. A despeito das “fórmulas mágicas”, no entanto, algumas metodologias de ensino estimulam a criatividade e a autonomia das pessoas.


Quando estava na metade do 6º ano de ensino fundamental, Isabela Simplício do Bomfim, 16, apresentava dificuldades em matemática. Ela já conhecia o método do Kumon por amigas, e a mãe resolveu matriculá-la no curso. “Tabuada, essas coisas, nunca tinha aprendido, foi no Kumon que eu aprendi e me ajudou muito desde aquela época. (Hoje em dia) adoro, sou ótima em matemática”, narra.

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Para Isabela, o método do Kumon de fazer tarefas diárias lhe deu mais agilidade. “Meu desempenho na escola ficou muito melhor. No Kumon já vejo matérias mais adiantadas do que a minha série atualmente”. As dificuldades de aprendizado tanto podem estar relacionadas ao indivíduo quanto às condições externas de ensino. Métodos que combinam repetição, de forma gradativa, podem funcionar para as pessoas desenvolverem uma rotina de estudo.

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“A dificuldade de aprendizado não representa déficit intelectual, não existe nenhum comprometimento intelectual. O professor pode criar uma rotina para que essa criança se acostume com aqueles horários, se é hiperativa ele vai propor atividades em que ela esteja se movimentando”, aponta a professora Maria José Barbosa, doutora em Educação e pesquisadora na área de alfabetização, letramento e dificuldade de aprendizado. Ela acrescenta que jogos manuais, em que se pode trabalhar a organização, também colaboram, mas sempre há particularidades de pessoa para pessoa.

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Dislexia e disgrafia podem ser chamados de distúrbios de aprendizado, de acordo com a professora Maria José Barbosa, mas são totalmente contornáveis. “Uma pessoa pode crescer com dislexia, sabendo que lê com lentidão ele vai criando estratégias. Com apoio, é superada”.


Foi a partir da dificuldade de aprendizado do filho que o engenheiro aeronáutico Antonio Carlos Perpétuo, 57, criou a rede Supera, hoje com 300 franquias pelo Brasil, duas delas em Fortaleza. Ele tomou para si o desafio de fazer Vinícius ter mais concentração e descobriu o ábaco. O instrumento oriental de cálculo foi o ponto de partida para a criação do método pedagógico. “Depois que eu identifiquei que o ábaco poderia ser a solução, eu fiquei mais um ano fazendo uma pesquisa de campo, conhecendo vários professores japoneses, visitando a comunidade, conversando com ex-alunos”, compartilha.


Mesmo que o aprendizado não se encerre na vida adulta, voltar aos estudos ou se propor a aprender algo novo parece ser mais difícil com o avançar da idade. Só parece, como mostra a professora Célia Maria Vasconcelos de Aguiar, 65. Formada em Estudos Sociais, tem especialização em Educação Especial. Nunca ficou parada ao longo da vida e sempre buscou trabalhar a memória e o raciocínio. “A gente tem sempre que estar em contato com as pessoas, sempre atualizada”, afirma.


Em outubro, ainda aguardando a aposentadoria, fez a matrícula no Supera. A atividade “Ginástica cerebral” chamou a atenção dela, e os exercícios e jogos online já fazem parte da sua rotina. “É maravilhoso trabalhar a concentração, o raciocínio, a criatividade, a memória, a autoestima. O cérebro da gente tem gavetas que ficam fechadas e com treino a gente começa a ativar memórias adormecidas”, descreve.


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