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As crianças, retoma a atriz Natasha Maciel,
Foto: PEDRO MARTINS/DIVULGAÇÃO ZIGUEZÁ As crianças, retoma a atriz Natasha Maciel, "são o futuro", mas o mercado em diversas profissões ligadas ao infantil nem sempre reconhece o valor dos profissionais. "Hoje sobram vagas de residência de pediatria, fecharam muitos leitos de pediatria. A SBP tem lutado para melhorar isso, precisamos valorizar aquilo de maravilhoso que o pediatra pode fazer. Todo mundo tem filhos e ama suas crianças, mas na hora de remunerar, é antagônico", diz a pediatra Elaine Xavier Prestes. Em relação ao salário nas áreas ligadas ao cuidado e à atenção da criança, fatores culturais são limitantes, constata a coordenadora do curso de Ciências Contábeis do Centro Universitário Estácio do Ceará e diretora da Atrios Inteligência Estratégica, Welynadia Rodrigues. "Por vezes nos deparamos com algumas profissionais que exercem liderança, têm impacto forte, mas o reconhecimento de remuneração é pouco. O valor (das profissões ligadas às crianças) deveria ser muito maior, porque trabalham com a prevenção". O fato de que a maioria dos cargos no segmento infantil são ocupados por mulheres, inclusive, não é ocasional. "Tem a ver com conceito de divisão sexual do trabalho, de papéis diferenciados nas sociedades modernas pós-industriais, que definem que as mulheres são responsáveis pela família, cuidados, reprodução sexual, e os homens pela produção econômica", explica a economista Marilane Oliveira Teixeira, doutora em economia social e do trabalho. A divisão histórica atribui às mulheres conceitos de altruísmo e aos homens associa desafios no trabalho, e isso acaba repercutindo no âmbito da educação, da escolha profissional e da disparidade salarial, avalia a economista. Ter mulheres nas profissões relacionadas ao cuidado das crianças não configura, necessariamente, um problema, se a remuneração entre as carreiras fosse muito mais igualitária.

Com uma proposta de ciclo reverso de roupas, a jornalista Larissa Viegas, 31, e a publicitária Carol Farias, 34, criaram a marca infantil Ziguezá. "Eu sempre quis empreender, ter uma marca, mas em momento algum eu queria marca de moda feminina ou masculina. Sempre me encantou muito ver o processo da moda infantil, esse negócio do lúdico, do imaginativo, do criativo". A filha de Carol, Alice, é a inspiração e a modelo das peças, que incluem listras e estampas exclusivas. "É um segmento que permite você viajar mesmo, os pais se permitem mais e as próprias crianças, óbvio. Quanto mais imagético, mais criativo, você vê que as crianças realmente se envolvem com o produto", conta Larissa.

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