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Cinco professores trabalham para garantir o sucesso de alunos que sonham com a aprovação em concursos e vestibular. Conheça as histórias
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Graduada em Letras pela Universidade Estadual do Ceará (Uece), especialista no Ensino de Literatura no Ensino Médio pela mesma universidade e mestra em Letras pela Universidade Federal do Ceará (UFC).

ritacyazevedo.com.br

Marcelo Braga

Graduado em Letras - Português Literatura pela Universidade Estadual do Ceará (Uece), ocupa a cadeira de número 18 da Academia Cearense da Língua Portuguesa.

www.professor
marcelobraga.com.br

Lógica do magistério

Da matemática do pré-vestibular à estatística para concursos. A trajetória do professor Thiago Pacífico, 37, começou nas salas de ensino médio, mas chegou aos preparatórios de concursos há mais de dez anos, quando ele percebeu a carência no ensino de matemática financeira e raciocínio lógico. "A matemática financeira tem uma essência muito forte com as Ciências Atuariais (primeira graduação), e como eu já tinha essa veia do magistério me ajudou", lembra.

Thiago hoje é diretor de ensino e sócio-proprietário do Prime, com uma média mensal de 2.500 alunos na modalidade presencial, e entre seis a oito mil alunos por mês na modalidade on-line, que abrange o Brasil todo. "O curso tem chegado de forma mais intensa em Pernambuco e em Brasília, mas como eu e a Giovanna (Carranza) fazemos aulões em Brasília e no Rio de Janeiro acabam nos conhecendo. Porto Alegre e Rio Grande do Sul também", informa.

A teoria é ensinada por meio dos mapas mentais e "memorex", segundo ele. "Mais de 50% do curso é fazer exercícios, o aluno tem tempo de tirar as dúvidas, e em cima das dificuldades conseguimos orientar e corrigir falhas", explica Thiago. Ele separa os concursandos em dois tipos: profissional e oportunista. "O oportunista é aquele que quando sai o concurso quer em três meses absorver o conteúdo, mas não abre mão de lazer", define.

Para ambos, é fundamental ter um planejamento de vida, levantar as disciplinas importantes e aplicar metodologias. "Na primeira aula eu digo: mesmo que não seja para esse concurso, se você quer mudar de vida e entrar no serviço público, você tira anos de investimento, mas em compensação é pelo resto da vida", completa.

Técnica da produção textual

O professor Marcelo Braga, 50, recebeu o convite para dar aulas em turmas de ensino fundamental quando cursava Filosofia. A identificação foi tanta que ele mudou para o curso de Letras e já soma 29 anos de magistério. É membro da Academia Cearense da Língua Portuguesa (ACLP), autor, palestrante e administra curso próprio há 21 anos. "Sempre tive vontade de ir para o lado do empreendedorismo, coloquei o curso, a coisa aos poucos foi se consolidando. Comecei a me ocupar demais e deixar as escolas, ficar somente no curso, hoje é uma marca", frisa.

De janeiro a outubro de 2018, o curso Marcelo Braga formou 380 alunos em turmas presenciais voltadas ao Enem, aos concursos e à área profissional em geral (Fala e Escrita). No site, foram contabilizadas 12.540 matrículas. "Para os concursandos, a indicação é que passem a resolver as provas da instituição. Em Redação, tem que entender primeiro o critério da banca para a qual ele prestará concurso", analisa o professor.

A redação do Cespe apresenta textos motivadores ou situações hipotéticas, e o candidato deve buscar responder aos tópicos de forma objetiva e concisa, explica o professor. Nos concursos realizados pela Fundação Carlos Chagas (FCC), há temas da atualidade e excertos, normalmente de materiais acadêmicos.

O Enem requer a defesa de um ponto de vista, mas só argumentos pessoais não são suficientes. "O candidato precisa dos argumentos de autoridade, de analogia, de exemplificação para reforçar o que está dizendo. Quando for à proposta de sugestão, é fundamental que a elabore de forma a não ficar dissociada do projeto de texto", detalha Marcelo Braga.

Thiago Pacífico

Graduado em Ciências Atuariais pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e em Matemática - Licenciatura Plena pela Universidade Estadual do Ceará (UECE).

www.concurseiroprime.com.br

Correção linha a linha

A professora Ritacy Azevedo, 53, propõe aos seus alunos um método de ensino prático de redação, seja para concursos públicos, seja para o vestibular. "Eu acredito no aprendizado de Redação quando o aluno tem oportunidade de construir o texto e de avaliar linha a linha, é esse trabalho que eu faço. Eu me prendo pouco à teoria, minha prática é fazer o texto junto com o aluno", explica ela. Com aproximadamente 22 anos de carreira, ela já trabalhou em colégios e cursinhos como professora de Português e Redação, ministrou oficinas e palestras em instituições públicas e privadas e também auxiliou a correção das redações do Enem, em 2012.

O curso com o nome dela foi montado há cerca de dez anos, após dissolução de um outro, chamado de Ápice. "Foi sugestão de uma filha expor meu próprio nome, que era conhecido nos cursinhos, na cidade, as pessoas não ligavam diretamente ao Ápice, então decidi seguir sozinha". Ao todo, a professora mantém dois cursos presenciais (anual ou semestral) e outros quatro on-line.

Para ela, escrever uma redação de próprio punho, logo na primeira aula, dá segurança aos candidatos. É uma forma de o aluno comparar os próprios textos e obter resultados rápidos. "É muito importante que um professor de Redação também esteja inteirado dos temas da atualidade, tenha repertório sociocultural. Às vezes, o aluno sabe escrever, construir bem os parágrafos, mas não atenta ao que foi pedido pelo tema na proposta", acrescenta. Além da listagem e discussão de temas prováveis, a professora destaca o cuidado com as normas (texto, gramática, vocabulário, coesão, léxico etc).

A dica dela é avaliar bem o tema: ler os textos motivacionais e observar o que pode ser aproveitado. Em seguida, construir uma introdução com ponto de vista claro. "Às vezes, ele comenta informações que não dizem respeito ao parágrafo anterior, não significa que deve repetir, mas aprofundar". Por último, Ritacy recomenda a correção do parágrafo antes do início do próximo, com revisão de palavras ou informações, a fim de manter a progressão temática.

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