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Por dentro do concurso do BNB
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Por dentro do concurso do BNB

A carreira de quem já trabalha no Banco do Nordeste, que está com vagas abertas para cargos de remunerações que podem chegar a R$ 4.941,17
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Concursado, Claudio Freire foi nomeado diretor de Administração em 2017 (Foto: FABIO LIMA)
Foto: FABIO LIMA Concursado, Claudio Freire foi nomeado diretor de Administração em 2017

Até assumir o cargo atual de diretor de Administração, Cláudio Freire, 58, exerceu diversas funções dentro do Banco do Nordeste do Brasil S.A (BNB). Algumas delas, como ajudante de seção de crédito e investigador de cadastro, nem existem mais. A carreira de bancário é almejada pela estabilidade e possibilidade de ascensão. Com edital publicado, a instituição financeira oferta em concurso público oito vagas imediatas e 692 para os postos de especialista técnico - analista de sistema e analista bancário. As remunerações podem chegar até R$ 4.941,17 para carga horária de 30h semanais.

Quando foi aprovado no concurso do BNB, Cláudio cursava Matemática na Unifor. Ele foi convocado para trabalhar no município de Canindé, em 1979. Nesse ínterim, passou em Filosofia Pura e fazia o percurso de 110 km entre Capital e Interior, todos dos dias, para concluir o ensino superior na Uece. "Fazia esse trajeto para manter o compromisso de filho para pai. Meu pai não queria sob hipótese alguma que eu deixasse minha faculdade".

Os estudos de Cláudio não pararam na Filosofia: formou-se em Administração e fez MBA na mesma área, além de cursos na Área de Gestão de Risco Estratégico e Segurança Empresarial. "O que é mais importante é estar sempre preparado para ser aluno. Em alguns momentos, você tem que ser professor, mas não pode fechar a brecha para sempre aprender. Mesmo na condição de diretor, sou um eterno aprendiz", acrescenta ele.

O mais recente concurso do BNB foi realizado em 2014, somente para o cargo de analista bancário, quando foram inicialmente oferecidas uma vaga imediata e 12 para cadastro de reserva. Ao todo, 845 candidatos foram convocados até o fim do período de vigência, conforme a gerência executiva do banco. Por isso, a expectativa agora é imensa entre candidatos como Nilo Silva dos Santos, 23. "De 2015 até agora, fiz quatro concursos, fiquei no cadastro de reserva do Banco do Brasil. O BNB é um dos que eu mais quero".

Nilo entende que agora o momento é de aumentar significativamente o ritmo de estudos e "esquecer feriados e fins de semana". "Temos que sacrificar algumas coisas para poder conseguir o que a gente deseja, mas estou acostumado, não é mais aquela dor do começa como para quem está começando a estudar para concurso e não tem experiência", diz.

Nos últimos dez anos, o BNB ainda fez concurso em 2010 para os cargos de analista bancário, analista técnico e especialista técnico. Era destinado ao cadastro de reserva, mas foram convocados na época 2.484 candidatos (analista bancário), sendo 445 para os polos do Ceará. Uma dessas pessoas é Alana da Silva Marques, 28, funcionária desde dezembro de 2012. "Na época do concurso, eu fazia duas faculdades, mas consegui encaixar e me dedicar bastante por três meses para as provas."

Alana trabalha no centro de relacionamento ao cliente e de informação ao cidadão, é formada em Ciências Biológicas e faz MBA em Gestão Empresarial visando melhorar o currículo no banco. "Comecei a trabalhar no Marketing e gostei muito, depois no centro de relacionamento. São muitas oportunidades, depende do que você quer e onde quer chegar", avalia a bancária.

A espera deste novo concurso foi muito curta entre a movimentação do processo e a publicação do edital, segundo o diretor de ensino do Prime, Thiago Pacífico. Mesmo assim, ele calcula cerca de 450 alunos do curso se preparando. Isso sem contar o contingente que acessa, em todo o País, plataforma online do Prime. "Esse edital traz a oportunidade do candidato que está fora do Nordeste fazer essa prova em algumas cidades do sudeste", frisa.

O professor Gustavo Brígido, diretor do cursinho de mesmo nome, confirma a grande procura. "É um dos melhores concursos de nível médio do Brasil. Embora com cadastro de reserva, muita gente já estava na expectativa enorme".

 

O que estudar para a prova

O cargo de especialista técnico exige ensino superior, enquanto o de analista bancário é de nível médio. No primeiro caso, as provas vão demandar conhecimentos em raciocínio lógico e quantitativo, além da língua portuguesa. "O especialista técnico não vai ser o bancário tradicional, vai ser requerido dele conhecimento e habilidade nessa área específica, e a experiência de mercado será de extrema valia", aponta Cláudio Freire, diretor de Administração do BNB.

Para a função de analista bancário, há provas de língua portuguesa, conhecimentos gerais, conhecimentos bancários e matemática. Um "quarteto fantástico", compara o professor Gustavo Brígido. A recomendação dele é: faça exercícios dos conteúdos que você já domina e busque a teoria dos conteúdos que você não conhece.

Muitos temas necessários para a aprovação não vão se perder, segundo o diretor de Administração do BNB. "Esse conhecimento bancário vai ser muito exigido no dia a dia, ele vai trabalhar provavelmente com o atendimento ao cliente, venda de serviços, de produtos, microcrédito, aplicação do FNE", informa Cláudio.

São quatro vagas para cada um dos cargos, três de ampla concorrência e uma destinada a pessoas negras. Para formação de cadastro de reserva, são 196 vagas de analista de sistema e 496 de analista bancário.

Concurso do BNB

Inscrições: a partir das 10h do dia 24 de setembro até às 18h do dia 15 de outubro

Taxa: R$ 59 (médio) e R$ 67 (superior)

Confira o edital em https://bit.ly/2MyApdI

Especialista técnico - Analista de Sistema

Lotação: CE

Analista bancário

Lotação: AL, BA, CE, ES, MG, PB, PE, PI, RN e SE

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