Damares Alves comentou o pedido de indenização da ex-presidente Dilma Rousseff referente ao período da Ditadura Militar, sobre o qual a ministra tem a palavra final quanto a aceitar ou rejeitar. "Se tiver direito, ela vai ser contemplada", assegurou.

Sobre a decisão, ela explicou que deve esperar o parecer dos 27 membros da Comissão de Anistia. "Nem sempre o que a Comissão decide, o ministro no final homologa, mas eu vou conhecer o processo, vou conhecer a fundamentação e as razões do julgamento e aí eu tomo a decisão final", explica.

A Comissão de Anistia do Governo Federal deve julgar entre amanhã e quinta-feira as ações sobre indenizações por perseguição política durante a Ditadura, incluindo o caso de Dilma. Damares reforça o caráter técnico do colegiado e enfatiza que "nessa comissão não tem nenhuma ideologia política".

Indagada se questões partidárias irão influenciar na decisão, ela é enfática na negativa. "Eu tenho que seguir a lei. Se a lei ampara o pedido dela e se ela tiver comprovação, ela vai ser contemplada".

Contudo, ela critica a demora na análise dos processos e "o descaso que essa comissão teve com os anistiados ao longo dos últimos anos". Por conta disso, garante que até o final do ano, todos os requerimentos serão analisados.

As declarações foram feitas durante visita de ontem ao Centro-DIA, na Barra do Ceará. A ministra aproveitou para rebater as críticas ao Governo Bolsonaro em relação aos investimentos no Nordeste. "Se vocês somarem tudo que os ministérios estão fazendo, nós já temos muitas iniciativas que foram trazidas para o Nordeste", garante.

 

Cordial

Apesar de Prefeitura e Governo serem de partidos opositores ao governo Bolsonaro, o clima durante a visita era de cordialidade, com muitos elogios tanto de secretários para a ministra como de Damares às gestões locais.