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Maia e Alcolumbre articulam para derrubar pedidos de CPI
Politica

Maia e Alcolumbre articulam para derrubar pedidos de CPI

Câmara e Senado. Blindagem a Moro
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Alvo de desgaste após o vazamento de supostas mensagens com a força-tarefa da Lava Jato, o ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sergio Moro, ganhou uma blindagem no Congresso. Os presidentes Rodrigo Maia (DEM-RJ), da Câmara, e Davi Alcolumbre (DEM-AP), do Senado, avisaram a interlocutores nesta semana que não têm a intenção de instalar Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o caso.

Na Câmara, a oposição, capitaneada pelo PT, tenta articular a criação da CPI da "Vaza Jato", em referência à publicação das supostas mensagens, feita pelo site The Intercept Brasil. Com o seu principal líder político, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso pela Lava Jato, um grupo de parlamentares petistas começou a reunir assinaturas necessárias para apresentar o requerimento. Quase uma semana após a divulgação das mensagens, porém, eles não conseguiram chegar ao número de 171 assinaturas necessárias para encaminhar a proposta.

Para minimizar as pressões, o próprio ministro, em ação orquestrada com Alcolumbre, se colocou à disposição para falar a senadores e deputados. A manobra teve o objetivo de esvaziar os movimentos da oposição. A primeira audiência está marcada para o dia 19 na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.

Com o apoio do Centrão, um pedido de convocação de Moro na Comissão de Trabalho da Câmara foi revertido em convite, quando não há obrigação de o ministro comparecer.

A proteção ao ministro também foi a justificativa usada para empurrar a discussão do pacote anticrime, chancelado pelo ministro, para o segundo semestre. A apresentação do relatório do deputado Capitão Augusto (PP-SP) estava marcada para quinta, mas foi adiada em meio à crise envolvendo o ministro. (Agência Estado)

 

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