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Bolsonaro sai em defesa de Moro
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Bolsonaro sai em defesa de Moro

Quebrou o silêncio. Apoio ao ministro
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O então juiz da operação justifica a sugestão dizendo que a defesa já havia feito o "showzinho" dela. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil O então juiz da operação justifica a sugestão dizendo que a defesa já havia feito o "showzinho" dela.

Quatro dias após o vazamento de supostas conversas do ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sergio Moro, com integrantes da força-tarefa da Operação Lava Jato, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) quebrou o silêncio sobre o caso. Em evento ontem no Palácio do Planalto, ele defendeu o auxiliar ao afirmar que houve uma "quebra e invasão criminosa" ao celular do ministro e que o trabalho de Moro quando era magistrado "não tem preço".

"O que ele fez não tem preço. Ele realmente botou para fora, mostrou as vísceras do poder, a promiscuidade do poder no tocante à corrupção", disse Bolsonaro. "Ele faz parte da história do Brasil", complementou.

Questionado se considerava normal a troca de mensagens entre um juiz e membros do Ministério Público, rebateu: "Normal é conversa com doleiro, com bandidos, com corruptos. Isso é normal? Nós estamos unidos do lado de cá para derrotar isso daí. Ninguém forjou provas nessa questão lá da condenação do Lula", disse o presidente, em referência à condenação em primeira instância do ex-presidente no caso do triplex do Guarujá (SP).

Desde a divulgação, pelo site The Intercept Brasil, de mensagens em que o então juiz supostamente passa orientações ao procurador Deltan Dallagnol, coordenador da Operação Lava Jato em Curitiba, Bolsonaro se esquivou do assunto. Chegou a interromper uma entrevista, na terça-feira, 11, quando questionado sobre o assunto.

A defesa do ex-presidente Lula incluiu no pedido de habeas corpus apresentado ao STF a transcrição de mensagens que teriam sido trocadas entre Sergio Moro, e integrantes da força-tarefa da Lava Jato. Os advogados afirmaram que as supostas mensagens mostram "completo rompimento da imparcialidade objetiva e subjetiva".

O pedido de habeas corpus acusa Moro de ter agido com parcialidade ao condenar Lula no caso do triplex do Guarujá, quando ainda era juiz federal em Curitiba, e depois assumir cargo no primeiro escalão do governo de Jair Bolsonaro. O recurso será julgado no próximo dia 25 pela Segunda Turma do Supremo.

Em entrevista gravada na quarta-feira, 12, e exibida ontem pela emissora sindical TVT, Lula voltou a criticar a condução de seu caso por Moro. "Ele (Moro) estava condenado a me condenar porque a mentira havia ido muito longe", disse. Para Lula, tanto Moro quanto o procurador Deltan Dallagnol são "mentirosos" e disse que o procurador "deveria ter sido preso". (Agência Estado).

 

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