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Estudantes tomam frente de 2º ato em defesa da educação
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Estudantes tomam frente de 2º ato em defesa da educação

| Protesto | Cortes do MEC e criticas à reforma da Previdência e ao Escola Sem Partido estão entre as pautas previstas
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 MANIFESTAÇÃO de hoje ocorre 15 dias após à primeira contra os cortes do MEC (Foto: Tatiana Fortes)
Foto: Tatiana Fortes  MANIFESTAÇÃO de hoje ocorre 15 dias após à primeira contra os cortes do MEC

A defesa da educação volta às ruas hoje, desta vez convocada pelos movimentos estudantis. Segunda paralisação contra os cortes realizados pelo Ministério da Educação em instituições federais de ensino superior, a mobilização pretende responder à declaração de Jair Bolsonaro, feita no dia do primeiro ato há duas semanas, de que os estudantes no protesto seriam "idiotas úteis".

"A gente constrói este ato para dar uma resposta ao Governo Federal. Nós não somos massa de manobra, nós estamos ali lutando pela nossa educação e assumimos isso com muita responsabilidade", ressalta Quézia Gomes, vice-presidente regional da União Nacional dos Estudantes (UNE).

Além disso, ela relata agressões sofridas pelos presidentes nacionais da UNE, Marianna Dias, e da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), Pedro Gorki, em audiência sobre os cortes com a presença do ministro, Abraham Weintraub, na Câmara dos Deputados. "Nós dissemos que a nossa resposta seria nas ruas", afirma Gomes.

"Nós vamos mostrar que a gente tem voz, seja dentro da Câmara ou nas ruas", completa Jonathan Sales, vice-presidente regional da Ubes. O protagonismo estudantil, explica ele, não é novidade. "A gente sempre foi linha de frente. A perspectiva é que os estudantes sejam essa chama para luta em defesa da educação", afirma.

"A gente não vai sair das ruas enquanto o governo não der um passo atrás em todas essas retiradas de direitos", corrobora Matheus Lima, presidente da Associação Cearense dos Estudantes Secundaristas (Aces). Com intervalo de quatro dias em relação ao ato em apoio ao Governo Federal, Lima argumenta que a mobilização de hoje já estava agendada anteriormente. "A gente não costuma atacar ninguém, nós estamos em um país democrático", assegura.

Sobre isso, Jonathan Sales repete a já conhecida frase de que "amanhã será maior". "Tanto maior quanto o do dia 26 quanto maior do que foi a do dia 15, porque nós vamos ter uma adesão maior", avalia.

Além dos cortes nas instituições federais, outras pautas devem estar presentes nas mobilizações. A defesa do Fies, do Prouni e do Fundeb, além das críticas ao Escola Sem Partido também serão demandas dos manifestantes.

A luta contra a Reforma da Previdência também deve estar nas reivindicações, afirma o diretor do Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos Municipais de Fortaleza (Sindifort), Augusto Monteiro. "A gente espera que essas mobilizações sejam uma pressão para o Congresso não aprovar".

No Ceará, estão agendadas mobilizações em pelo menos dez cidades. Na Capital, a concentração para o ato será na Praça da Gentilândia, a partir das 14 horas. A manifestação se encerrará na Concha Acústica da UFC, onde devem ocorrer apresentações musicais.

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