A bancada do Ceará no Senado teve posição divergente na votação que retirou o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) das mãos do ministro Sergio Moro (Justiça).
Dos três parlamentares, apenas Tasso Jereissati (PSDB) votou para que o Coaf fosse abrigado no ministério da Economia, capitaneado por Paulo Guedes, e não com o ex-juiz da Lava Jato.
Eduardo Girão (Podemos) foi favorável a que o órgão ficasse com Moro, conforme estabeleceu a reforma administrativa do presidente Jair Bolsonaro (PSL).
Em seu voto, Girão lembrou as manifestações do último domingo, quando apoiadores do pesselista foram às ruas do País. "O item 1 (dos protestos) foi o Coaf no Ministério da Justiça", disse o senador, que completou: "O item 2 foi o fim do foro privilegiado e o item 3, a CPI da Lava Toga. Isso foram as vozes das ruas."
Cid Gomes (PDT) não participou da sessão que aprovou a medida provisória 870 e decidiu o destino do Coaf. Enquanto a discussão se desenrolava na Casa, com debates acirrados entre base e oposição, o ex-governador participava de seminário em Sobral, sua cidade natal, no interior do Ceará.
O tema do seminário é o centenário do eclipse de 1919. Ocorrido em 29 de maio daquele ano, o fenômeno ajudou a comprovar a validade da Teoria da Relatividade Geral de Albert Einstein.
Na votação da MP na Câmara há uma semana, o PDT orientou para o Coaf ficasse alocado sob a alçada de Guedes.
(Henrique Araújo)