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Irritado, Rodrigo Maia rompe com líder do governo na Câmara
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Irritado, Rodrigo Maia rompe com líder do governo na Câmara

| Crise | Presidente reclamou, durante reunião do Colégio de Líderes, de ataques públicos feitos pelo deputado Major Vitor Hugo
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Tipo Notícia

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), criticou abertamente o líder do governo na Casa, Major Vitor Hugo (PSL-GO) no final de uma reunião do colégio de líderes de partidos, ontem. Vários líderes afirmaram, após o encontro, que o movimento torna o diálogo "impossível" e que a situação é "incontornável", interpretando que houve um rompimento institucional entre os dois.

A crítica foi feita por causa de uma mensagem encaminhada por Vitor Hugo em grupos de WhatsApp, em que associa a negociação do governo com o Congresso com sacos de dinheiro. Maia teve acesso à sátira e ficou irritado.

Para aliados, o ataque feito por Maia é uma resposta às críticas públicas que o líder do governo tem feito sobre o Legislativo nas redes sociais. O ato foi visto como a defesa mais veemente do papel da Câmara e dos seus deputados desde que Maia entrou em embate público com o presidente Jair Bolsonaro em março.

 O líder do governo negou que tenha inferido que a negociação com o Congresso é espúria, mas Maia encerrou a conversa informando que não havia mais dialogo entre eles. Para Vitor Hugo, no entanto, a situação é contornável, embora não adiante se pretende procurar o presidente da Casa para esclarecer a situação.

Vitor Hugo esclareceu, ainda na intervenção durante a reunião, que não pretende se tornar "amigo" do presidente da Câmara, mas que se esforçou por uma aproximação entre ambos na perspectiva de estabelecer uma relação "republicana". Queixou-se, no entanto, que Maia o tem excluído de conversas com os líderes na residência oficial.

A reunião do colégio de líderes define a pauta a ser tocada na Câmara. O governo precisa correr com a apreciação de pelo menos três Medidas Provisórias para evitar que elas percam validade, sendo a mais importante delas a que reestrutura o ministério, que precisa ser aprovada até o dia 3 de junho.

O centrão concordou em votar a MP e o líder do PP, Arthur Lira (AL) sugeriu que a votação seja nominal, peitando a estratégia do PSL de constranger os deputados a votarem pela manutenção do Coaf no ministério da Justiça. A intenção é fazer com que o órgão volte à Economia, saindo do controle de Sérgio Moro. (das agências)

 

Pauta

O plenário da Câmara dos Deputados deve votar hoje a medida provisória 870, que trata da reforma administrativa que organizou os ministérios da gestão do presidente Jair Bolsonaro.

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