Novo presidente estadual do PSDB, o ex-senador Luiz Pontes afirmou que o deputado federal Capitão Wagner (Pros) "seria um ótimo vice para Carlos Matos" nas eleições de 2020. Matos foi escolhido como nome da legenda para entrar na corrida em convenção realizada ontem na Assembleia Legislativa.

Pré-candidato na briga pelo Palácio do Bispo, que promete contar com grande número de postulantes, Wagner apoiou o candidato tucano ao Governo do Estado ano passado, General Theophilo, hoje parte do governo de Jair Bolsonaro (PSL), mas licenciado do PSDB.

Sobre o cenário político do ano que vem, o dirigente estadual tucano ponderou, no entanto, que sempre foi um homem de diálogo. "Eu converso com Wagner, com Cid (Gomes, senador pedetista), com Roberto Cláudio", afirmou. "Não tem conversa é com o PT."

Para ele, "no Ceará não existe oposição" hoje, apesar dos esforços da agremiação social-democrata, por causa do gigantismo da base do governador Camilo Santana (PT). "O PSDB soube fazer oposição responsável. O PT é bom de fazer oposição porque é oportunista."

Ainda sobre eleições, Pontes condiciona quaisquer acertos para o pleito a um entendimento programático entre os atores do campo de oposição. "Não posso descartar uma conversa feita sem o toma lá dá cá, com uma proposta."

O presidente também prometeu articulação intensa a partir de 9 de junho, quando os diretórios da sigla começam a articular suas bases em Fortaleza para fortalecer a pré-candidatura de Matos. "Vamos ter reuniões em todos os bairros de Fortaleza."

Questionado sobre a possibilidade de mudança no nome da sigla, hipótese levantada pelo governador de São Paulo, João Doria, Pontes foi enfático.

"O PSDB tem uma história, do Covas, do Franco Montoro, do Tasso, do Fernando Henrique. Mudar o nome pra quê?", perguntou. "Pra enganar. Tem que acabar com esse oportunismo." (Henrique Araújo)