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Estudantes protestam contra cortes no Rio e em Salvador
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Estudantes protestam contra cortes no Rio e em Salvador

| Cortes da Educação | Manifestação no Rio de Janeiro foi realizada próximo a escola visitada pelo presidente Jair Bolsonaro ontem
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O PROTESTO foi realizado no bairro da Tijuca, zona norte do Rio (Foto: WILTON JUNIOR/ agência estado)
Foto: WILTON JUNIOR/ agência estado O PROTESTO foi realizado no bairro da Tijuca, zona norte do Rio

Secundaristas do Colégio Pedro II, um dos mais tradicionais do Brasil, lideraram ontem, no Rio, a poucos metros do presidente Jair Bolsonaro, ato público contra os cortes de verbas anunciados na semana passada pelo Ministério da Educação (MEC). Também houve manifestação em Salvador.

No Rio de Janeiro, centenas de manifestantes protestaram por mais de três horas na frente do Colégio Militar do Rio (CMRJ), onde o presidente participava da comemoração dos 130 anos da instituição. A concentração foi pacífica; não houve registro de incidentes.

Os manifestantes foram barrados pelo esquema de segurança da Polícia do Exército, que isolou o CMRJ e só permitiu a entrada dos seus estudantes, professores, autoridades, convidados e ex-alunos. Uma ex-aluna do Colégio Militar, a estudante de Direito da Universidade Federal Fluminense (UFF) Maria Eduarda Sá Ferreira, de 24 anos, foi quem levou o protesto para mais perto de Bolsonaro.

Ela abordou o presidente no Colégio Militar para cobrar revisão do corte - no Pedro II, a redução será de quase 37% no custeio. "Ele não esperava", disse a universitária, que se dirigiu a Bolsonaro para acusá-lo de ser um "inimigo da educação pública".

A abordagem foi confirmada pela assessoria do presidente, que informou que Jair Bolsonaro ficou em silêncio. A ex-aluna concluiu os estudos no CMRJ em 2013.

Os manifestantes ocuparam toda a Rua São Francisco Xavier, no trecho entre a Morais e Silva e a General Canabarro, na Tijuca, zona norte do Rio. O trânsito foi interrompido na região.

 Durante toda a manifestação, estudantes gritaram palavras de ordem como "não vai ter corte, vai ter luta" e educação "não é esmola". O momento de maior tensão aconteceu quando Bolsonaro ficou a poucos metros de onde ocorria o protesto. Soldados do Batalhão de Choque da PE fizeram um cerco. O presidente ouviu muitas vaias dos alunos do lado de fora.

O protesto contou em sua maioria com alunos do Pedro II, mas estudantes de instituições federais e universidades também participaram. Poucos manifestantes empunhavam bandeiras de movimentos sociais, como um grupo de sem-teto. Alguns vestiam camisetas ou adesivos de "Lula Livre", e militantes do PCO foram ao ato.

Também ontem, em Salvador, professores, estudantes e representantes de movimentos sociais fizeram protesto contra os cortes. O grupo saiu em passeata desde a Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia (UFBA), no Vale do Canela, e seguiu pela Avenida Reitor Miguel Calmon, uma das mais movimentadas de Salvador, rumo à reitoria da instituição. Cerca de 500 pessoas participam do protesto. (Agência Estado)

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