Logo O POVO+
Exportação de pás eólicas cresce seis vezes no Ceará
Politica

Exportação de pás eólicas cresce seis vezes no Ceará

| MERCADO | Número de equipamentos embarcados via Pecém passou de 61, no primeiro trimestre de 2018, para 471 em igual período deste ano
Edição Impressa
Tipo Notícia
CEARÁ já conta hoje com a exportação de aerogeradores da Vestas no Pecém (Foto: DIVULGAÇÃO)
Foto: DIVULGAÇÃO CEARÁ já conta hoje com a exportação de aerogeradores da Vestas no Pecém

A exportação de pás eólicas e aerogeradores produzidos no Ceará cresceu seis vezes (672%) no primeiro trimestre deste ano, na comparação com igual período de 2018. O número de equipamentos que saiu do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp) rumo ao exterior saltou de 61 para 471. Dados do estudo "Ceará em Comex", do Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), apontam que o produto já é o segundo mais exportado da balança comercial cearense (US$ 48,7 milhões de janeiro a março), atrás apenas de ferro e aço (US$ 242,2 milhões).

Os principais compradores das pás produzidas no Ceará são os EUA, Alemanha e Argentina. O Estado é líder no Brasil na comercialização de produtos para geração eólica e possui duas fábricas instaladas no Cipp. A Aeris Energy, fornecedora da Vestas, e a Wobben. As duas lideram as exportações para os EUA, país que iniciou processo de desenvolvimento de seu parque produtor de energia limpa, o que beneficia o mercado local.

"É uma situação muito favorável. A Vestas tem projetos fora do País e leva as pás eólicas daqui. A Wobben permanece fornecendo para os parceiros internacionais", observa Jurandir Picanço, consultor da área de Energia da Fiec e presidente da Câmara Setorial de Energias Renováveis do Estado.

 Em relação ao ano passado, a exportação de pás em 2019 deve triplicar. Até o fim de novembro de 2018 foram enviadas ao exterior, pelo Porto do Pecém, 522 equipamentos, de acordo com a Cipp/SA. Neste ano, cerca de duas mil unidades devem ser comercializadas. No primeiro semestre deste ano, praticamente um terço do previsto já foi atingido.

O CEO da Cipp/SA, Danilo Serpa, destaca que houve amplo crescimento da movimentação devido à exploração do potencial competitivo do Ceará no mercado internacional de energia eólica. "A nossa capacidade de operação de alta performance, rápida e eficiente, nosso posicionamento geográfico estratégico em relação aos principais mercados estrangeiros, junto com o material de alta qualidade produzido pelas empresas instaladas no Complexo, nos dão esse destaque no mercado de pás eólicas", observa.

Os aerogeradores de energia eólica possuem altura de aproximadamente 100 metros. No Ceará, as operações de carga e/ou descarga de equipamentos eólicos são administradas pela Cipp S/A e conduzidas pela Tecer Terminais Portuários. "Temos nos dedicado para conquistar cada vez mais eficiência nos processos de movimentação de embarque e desembarque das cargas sem perder o foco nos padrões internacionais de manuseio e na segurança, não só para as cargas", diz o gerente comercial da Tecer Terminais, Carlos Alberto Alves. "É preciso que a operação ocorra em sincronia, pois estamos lidando com uma carga que possui, muitas vezes, 66 metros de comprimento, cada pá", acrescenta. (Samuel Pimentel)

O que você achou desse conteúdo?