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Feliciano pede impeachment de Mourão; vice-presidente diz ser "bobagem"
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Feliciano pede impeachment de Mourão; vice-presidente diz ser "bobagem"

| CÂMARA | Uma das razões para Feliciano ter protocolado pedido foi Mourão ter curtido postagem crítica a Bolsonaro
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Hamilton Mourão (PRTB), vice-presidente do Brasil. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil Hamilton Mourão (PRTB), vice-presidente do Brasil.

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB), classificou ontem, 18, como uma "bobagem" o pedido de impeachment dele protocolado pelo deputado federal Marco Feliciano (Podemos-SP), que o acusa de conspirar contra o presidente Jair Bolsonaro (PSL). "Se prosperar, eu volto para a praia", minimizou o general da reserva na saída da Vice-Presidência da República.

Deputado e vice-líder do governo no Congresso, Feliciano alega que Mourão curtiu uma postagem crítica a Bolsonaro feita pela jornalista Rachel Sheherazade, do SBT. Na publicação curtida, a jornalista opina que Mourão é a melhor opção para gerir o País.

 A ação marca guinada de Feliciano ao olavismo. Pastor e o filósofo, inclusive, estiveram juntos nos Estados Unidos. Olavo também ataca o núcleo militar do Governo, sobretudo Mourão.

"Nunca antes, nos primeiros 100 dias do governo de um presidente, um vice-presidente agiu de maneira tão indecorosa e indelicada, desdizendo tudo que o presidente da República diz", criticou o deputado na última quarta-feira, ao anunciar a protocolação do pedido.

O pastor evangélico ainda disse que não considera o vice-presidente como general no Governo, mas um civil. "Não é um tiro para matar, é um tiro para o alto, um tiro de alerta. Tem alguém observando, senhor Hamilton Mourão", intimou. No Twitter, ressaltou que Dilma teve 19 pedidos antes do derradeiro e cobrou postura leal do vice.

Em entrevista ao jornal Estado de S. Paulo, Feliciano disse que a iniciativa não reflete a opinião de Bolsonaro. Mais à frente, contudo, ao ser questionado se o presidente teve conhecimento do pedido e, se teve, qual teria sido a reação, Feliciano disse que "meu presidente foi muito ético". Acrescentou que não foi repreendido por Bolsonaro em nenhum momento. Para Feliciano, isso já é suficiente.

Em nota publicada nas redes sociais, o ex-candidato à Presidência e líder da sigla no Senado, Alvaro Dias, afirma que a postura de Feliciano é independente e não terá o apoio do Podemos.

O senador cearense Eduardo Girão (Podemos) foi procurado para emitir opinião sobre a iniciativa do correligionário, bem como sobre a atuação de Mourão após a posse. O POVO não teve retorno até o fechamento desta matéria. (Agência Estado)

 

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