Logo O POVO+
Obra do Arco Metropolitano volta à pauta do Governo do Ceará
Politica

Obra do Arco Metropolitano volta à pauta do Governo do Ceará

| INFRAESTRUTURA | Estado solicitou renovação de licença ambiental à Semace para iniciar a duplicação do trecho da CE-155, que dá acesso ao Cipp
Edição Impressa
Tipo Notícia Por
 (Foto: )
Foto:

A conclusão do Arco Metropolitano Rodoviário voltou à pauta do Governo do Ceará, que já solicitou a renovação da licença ambiental à Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace) para iniciar a duplicação do trecho da CE-155, a partir do entroncamento da BR-222, no acesso ao Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp).

Segundo a Secretaria da Infraestrutura do Estado (Seinfra), a obra do trecho terá investimento de aproximadamente R$ 52 milhões. Todo o projeto, idealizado ainda em 2012, foi orçado em R$ 390 milhões, valor que deverá ser atualizado. O objetivo do equipamento é conectar as principais vias de acesso a Fortaleza, como as BRs 116, 020 e 222 e as CEs 060, 065 e 010. O Arco Metropolitano contará ainda com acessos duplicados desde a BR-116 até o Porto do Pecém.

O gerente comercial da Tecer Terminais, Carlos Alberto Nunes, espera que a duplicação da estrada que dá acesso ao porto saia do papel para beneficiar a logística na chegada e saída do complexo, diminuindo os custos de empresas com transporte de cargas. "Vamos ganhar tanto em produtividade quanto em qualidade na nossa logística", diz.

O economista Alcântara Macêdo classifica a conclusão do Arco Metropolitano como vital para a economia cearense. "Vai servir de sustentação às atividades do Pecém. O Governo deve priorizar as áreas próximas ao porto para atrair mais indústrias no espaço, afirma.

Ele defende que a concessão de licenças ambientais precisa de mais celeridade no Ceará, a fim de desenvolver áreas como o Pecém, beneficiando os empreendimentos a serem construídos na região.

A previsão é que a iniciativa privada esteja à frente do Arco Metropolitano. De acordo com o presidente da Câmara Temática de Logística do Ceará e do Conselho de Infraestrutura da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), Heitor Studart, a ideia permanece de pé. O orçamento da obra foi refeito pela Fiec, em parceria com a Confederação Nacional das Indústrias (CNI), e reivindicação foi feita ao Governo.

"Precisamos da modelagem jurídica, pois estamos querendo essa PPP. Mas queremos saber se será outorga, concessão, para termos condições de atrair o capital privado para tocar esse empreendimento", destaca.

Também considerada importante, a duplicação da BR-222 ainda não foi aprovada. Heitor explica que a obra está licitada, "mas a empresa que venceu a concorrência começou com problemas de desapropriações e liberações de licenças ambientais e de terras indígenas e, por isso, houve atraso".

As Centrais de Abastecimento do Ceará (Ceasa) também esperam ser beneficiadas com o projeto. Analista de mercado da Ceasa, Odálio Girão observa que o Arco Metropolitano e o Anel Viário, quando concluídos, vão atender a todas as regiões produtoras do Estado.

Previsto para o fim do ano, Anel Viário preocupa

Em andamento desde 2010, as obras do Anel Viário da Região Metropolitana de Fortaleza já enfrentaram paralisações e mudanças de gestão - hoje com o Estado - como contratempos. O atraso na entrega do equipamento, prevista para o fim deste ano, vem prejudicando a economia cearense, diz o presidente da Câmara Temática de Logística do Ceará e do Conselho de Infraestrutura da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), Heitor Studart. "Os principais gargalos do Anel Viário são as quatro passagens por viaduto", lembra.

A Fiec, em parceria com a Associação de Empresários do Distrito Industrial de Maracanaú (Aedi), entregou documento na última sexta-feira, 29, ao governador do Ceará, Camilo Santana (PT), pedindo providências urgentes.

Analista de mercado das Centrais de Abastecimento do Ceará (Ceasa), Odálio Girão conta que as empresas do polo industrial de Maracanaú sentem prejuízos em razão de dificuldades na distribuição de mercadorias. "No olhômetro, ainda falta muita coisa a ser feita. A obra precisa se desenvolver muito para ser entregue no prazo", reforça.

A OBRA

Segundo o projeto inicial do Governo, o valor de R$ 390 milhões orçado inicialmente seria para investimentos em 88 quilômetros (km) desde a BR-116, em Chorozinho, até o entroncamento da CE-155 com BR-222, na entrada do Pecém. A extensão total é de 108 km

O que você achou desse conteúdo?