A Petrobras anunciou ontem duas medidas favoráveis aos caminhoneiros, que devem influenciar o movimento de greve articulado nas redes sociais. A petroleira se comprometeu a congelar o preço do óleo diesel nas refinarias por pelo menos 15 dias e ainda lançar um "cartão caminhoneiro" para a compra do combustível a um valor fixo nos postos da BR Distribuidora.
A nova ferramenta deve funcionar como proteção contra a volatilidade de preços da estatal, que acompanha as oscilações do mercado externo. Apesar do anúncio, a articulação para a greve ainda permanece em grupos do WhatsApp.
Por causa da política de preços dos combustíveis da Petrobras, os caminhoneiros pararam o País em maio do ano passado. Neste início de ano, com o petróleo em alta, o diesel voltou a ser uma ameaça.
O problema começou ainda na gestão do ex-presidente da companhia Pedro Parente que, para recompor o caixa, determinou a revisão diária da tabela nas refinarias, em linha com o mercado internacional.
Sem saber o preço que pagaria pelo combustível no fim de uma viagem, os caminhoneiros entraram em greve e Parente perdeu o cargo. Além disso, para encerrar os protestos, o governo ainda subsidiou por um semestre.
Apenas em 2019, o diesel voltou a ser reajustado periodicamente, semanalmente. Ontem, sob ameaça de nova greve, a Petrobras anunciou que vai manter os preços inalterados por, pelo menos, mais uma semana. O governo tem monitorado as primeiras movimentações de caminhoneiros no Paíss e apontou o início de uma articulação no WhatsApp. (Agência Estado)